Volta a Portugal Continente: Norte americano mais forte em Elvas, mas Amarela continua portuguesa

Scott McGill foi o mais forte no sprint que marcou a chegada da Volta a Portugal Continente a Elvas, mas amarela continuou com Rafael Reis

Volta a Portugal Continente
Volta a Portugal Continente: Norte americano mais forte em Elvas, mas Amarela continua portuguesa - ®DR

No dia mais longo da 83a Volta a Portugal Continente, Scott McGill (Wildlife Generation) foi o mais forte no sprint que marcou a chegada à cidade fortificada de Elvas, Património da Humanidade declarado pela Unesco.

Uma queda marcou o final da primeira etapa, deixando na frente um grupo reduzido para discutir a etapa. Apesar do “corte” de tempo na meta, Rafael Reis (Glassdrive-Q8- Anicolor) manteve a camisola amarela. A queda envolveu vários ciclistas e aconteceu nos três quilómetros finais, pelo que não houve perda de tempo para quem esteve envolvido. Até aí a etapa tinha decorrido com relativa tranquilidade apesar das habituais fugas sem grandes consequências antes de o grupo ficar compacto para atacar a linha de meta.

Calor apertou entre Vila Franca de Xira e Elvas

Esta sexta-feira, 5 de agosto, foi o dia mais longo da Volta 2022 com 193,5 quilómetros iniciados em Vila Franca de Xira. A cidade ribatejana provou que não vive só de festa brava e foram uma animação os momentos que antecederam a partida.

Depois de deixado para trás o quilómetro zero, João Macedo (LA Alumínios- Credibom-Marcos Car) não demorou a iniciar a fuga sendo imitado por Fergus Browning (Trinity Racing) e Jose Maria Garcia (Electro Hiper Europa-Caldas), com Viktor Manakov (ABTF Betão-Feirense) a juntar-se pouco depois.

A vantagem do quarteto chegou a ser de quatro minutos. Fergus Browning venceu as metas volante de Vendas Novas e Arraiolos, não permanecendo muito mais na frente da corrida. Manakov também descolaria. Macedo venceu o prémio de montanha de quarta categoria em Montemor e ainda repetir o feito em Vila Boim. Esteve vários quilómetros a trabalhar com Jose Maria Garcia, mais tarde a solo, mas foi apanhado e Hugo Nunes (Rádio Popular-Paredes-Boavista) foi o primeiro nessa quarta categoria garantindo que na cerimónia de Elvas subiria ao pódio para vestir a Camisola Bolinha Europcar, símbolo da montanha.

Focado em tentar a primeira vitória na carreira, Scott McGill posicionou-se bem nos últimos instantes da chegada a Elvas e com algum à vontade bateu o britânico Oliver Rees (Trinity Racing) e Mauricio Moreira (Glassdrive-Q8-Anicolor). Na declaração do vencedor, os cerca de 38 graus sentidos em alguns momentos da etapa foram uma nota marcante. “Esteve muito calor todo o dia. Os companheiros mantiveram-me hidratados e só tive de sprintar. Estou muito entusiasmado [por ter ganho]”, afirmou o norte americano, McGill.

A vitória na etapa valeu-lhe a liderança nos pontos, ou seja, envergou a Camisola Verde Rubis Gás. A Branca Jogos Santa Casa continua na posse do britânico Oliver Rees (Trinity Racing), o melhor jovem da Volta a Portugal.

Rafael Reis continuar a liderar a corrida com nove segundos de vantagem sobre o colega de equipa Mauricio Moreira e Oliver Rees (Trinity Racing). “Vamos tentar guardá-la [a camisola] amanhã. Na serra temos outro plano. Sei qual é o meu papel”, realçou, referindo-se ao controlo que a equipa fez na etapa. Fábio Costa e Afonso Eulálio mereceram o elogio do Camisola Amarela Continente pelo trabalho feito na tirada.

Volta visita Espanha

Mais calor, um pouco mais de montanha e uma chegada já bem conhecida da Volta a Portugal, além da partida em Badajoz, é o que está reservado para este sábado na segunda etapa da 83a Volta a Portugal Continente, que faz a transição entre o Alentejo e a Beira Baixa. A meta de mais um dia longo (181,5 quilómetros) estará em Castelo Branco. Haverá três contagens de montanha, todas de terceira categoria: Monte Paleiros (91,1 quilómetros), Serra de São Miguel (145,5) e Retaxo (168,3). As metas volantes estarão em Campo Maior (14,3), Portalegre (83,5) e Vila Nova de Ródão (151,7).

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