Bárbara Tinoco, Agir e Carolina Deslandes, levaram ao Casino Estoril “As Canções Que Ninguém Quis”

Barbara Tinoco, Agir e Carolina Deslandes, mostraram ontem no Salão Preto e Prata do Casino Estoril “As Canções Que Ninguém Quis”, um espetáculo que reúne histórias e canções que, não foram aceites pelas pessoas para quem foram escritas.

Bárbara Tinoco no Casino Estoril
Bárbara Tinoco, Agir e Carolina Deslandes, levaram ao Casino Estoril “As Canções Que Ninguém Quis” - ©Armando Saldanha (Aldrabiscas)

“As Canções Que Ninguém Quis”, apresentado por Bárbara Tinoco, esta quinta-feira no Salão Preto e Prata do Casino Estoril, contou com as presenças de Agir e Carolina Deslandes e reuniu histórias e canções que, não foram aceites pelas pessoas para quem foram escritas.

O espetáculo, desenhado pela jovem cantautora [Bárbara Tinoco] e moderado por Tito Couto, que subiu ao palco do Casino Estoril, é “baseado na constante comunicação e partilha, entre os compositores em palco e também com o público, sobre escrever canções, processos criativos, mas também sobre rejeitar e ser rejeitado e como as coisas na vida são sempre aquilo que têm se ser”, explicou Bárbara Tinoco.

Bárbara Tinoco, Carolina Deslandes e Agir são três cantautores que, a par das suas carreiras a solo, compõem para outros artistas. “As Canções Que Ninguém Quis” é o espetáculo que reúne as histórias e as canções que, por algum motivo, não foram aceites pelas pessoas para quem foram escritas. Algumas chegaram a ser gravadas por outros intérpretes – com sucesso, inclusive – outras pelo próprio autor e outras que não chegaram (ainda) a ver a luz do dia.

E algumas das canções que ninguém quis, foram interpretadas pelos seus autores, intercaladas com as histórias e momentos descontraídos e de muito boa disposição.

“Gisela” foi uma das músicas que Barbara Tinoco, compôs para Gisela João e que a fadista não quis gravar, vá-se lá saber porquê! A música foi depois gravada pela autora num dueto com António Zambujo e hoje é já um sucesso. Também “Goodnight” tema feito a pensar na voz de Áurea, foi por esta descartado porque “queria fazer uma coisa diferente”.

“Sei lá” a canção de Barbara Tinoco e que todos conhecem e que pôs o publico do Salão Preto e Prata a cantar foi escrita aos 18 anos para Joanita, uma cantora de música popular já afastada do mundo artistico “Felizmente ela não a gravou!”

Para a Ana Moura, Carolina Deslandes, escreveu o tema “Borboletas”, que a fadista embora tenha gravado, não incluiu em nenhum dos seus discos. Carolina cantou-o e é sem dúvida uma bonita canção muito aplaudida pelo publico.

“A miúda gosta” uma bonita canção escrita para o António Zambujo, muito ao jeito dele. “Mas como ele anda há quatro anos para a incluir num dos seus trabalhos sem o fazer eu pedi-lha de volta e gravei-a eu”, explicou a cantora acrescentando, “mas ele todas as vezes que vê diz que ainda está zangado com isso”.

Já Agir, interpretou ‘Sem Alma’ música que compôs para Sara Tavares e ‘Lisboa’ escrita para Marisa, que rejeitou a canção, alegando que já tinha muitas canções sobre Lisboa.

O espetáculo terminou com “Avião de Papel”, um sucesso gravado pela sua autora, Carolina Deslandes e por Rui Veloso, mas que originalmente foi escrito para a Sara Tavares, “que agradeceu, disse que era muito bonita, mas deu aquela resposta politicamente correta – Gosto muito, mas ela é muito tua” contou Carolina Deslandes

Num Salão Preto e Prata, lotado, o público aplaudiu entusiasticamente e ficou a sensação de que queria ouvir mais histórias, mas sobretudo mais canções.

aNOTÍCIA.pt