Reciclagem do alumínio já é uma realidade em Portugal

Fomos conhecer as fases que integram o processo de reciclagem do alumínio, desde a sucata ao desenvolvimento do produto final

reciclagem alumínio
Reciclagem do alumínio já é uma realidade em Portugal - ©Flavio Alberto

A Associação Portuguesa do Alumínio (APAL) realizou juntamente com a Comitiva da ADENE, Agência para a Energia, a visita ao 1º ciclo de vida do alumínio totalmente desenvolvido em Portugal, em Avintes, no Porto. Durante a visita foram demonstradas as diversas fases que integram o processo de reciclagem do alumínio, desde a sucata ao desenvolvimento do produto final, como janelas e fachadas.

O processo de reciclagem do alumínio, totalmente desenvolvido pela APAL é já uma realidade em Portugal e permite às empresas do setor da construção avaliar o impacto ambiental dos produtos durante toda a sua vida útil. Ao integrar energia limpa no processo de reciclagem infinito vai permitir alcançar a meta de neutralidade de carbono proposta pela União Europeia.

Sucata, fundição, extrusão e serralharia são os estágios de transformação que integram o ciclo de vida do alumínio, apresentados pela Associação Portuguesa do Alumínio na visita acompanhada pela Comitiva da ADENE. Esta solução apresentada pela indústria que tem como base a extrusão torna possível realizar todo o ciclo de reprodução do produto final em território Nacional, reduzindo, assim, a dependência de importações da Europa gerando um maior impacto na economia portuguesa.

Através do processo de reciclagem do alumínio é possível transformar alumínio dos anos 40 em alumínio com melhores características, para a produção de janelas e fachadas, sendo que consumo de energia na produção de alumínio primário é de 14.79 Megawatt/hora por tonelada e no processo de reciclagem do alumínio é de 1,309 Megawatt/hora por tonelada.

Com o ciclo de vida do alumínio totalmente desenvolvido em Portugal, torna-se possível retirar o alumínio da janela ou fachada de um edifício e reutilizá-lo na nova caixilharia.

O primeiro ciclo de vida do alumínio totalmente desenvolvido em fronteiras portuguesas apresentado pela indústria prepara-se para a introdução do hidrogénio enquanto fonte de energia em substituição ao gás natural.

O objetivo é tornar as empresas sustentáveis através da reciclagem do material e entregar à extrusão, isto é, a técnica que permite moldar o alumínio de qualquer forma, a matéria-prima proveniente da reciclagem e com isto fechar o ciclo.

Durante a visita o Presidente da Associação Portuguesa de Alumínio, Rui Abreu, destacou “A indústria do alumínio já está pronta para transformar a nossa sociedade numa economia circular ajudando assim a atingir, a economia portuguesa e europeia, a neutralidade em carbono em 2050. Neste contexto a APAL e a ADENE, trabalhando em conjunto, ajudarão a definir uma construção mais sustentável.”

A introdução das novas tecnologias como o hidrogénio contribuirá para a diminuição da quantidade de CO2 libertada durante todo o ciclo de vida do alumínio, ao alimentar de forma otimizada todo o processo de derreter uma janela, ir para extrusão e produzir uma nova janela 100% reciclável sem perder as características.

As características do alumínio como material circular e permanente capaz de ser reciclado sem perder as suas propriedades originais tornam-no um recurso vital para uma economia circular e neutra para o ambiente, tornando-se no material do futuro para os setores da construção.

aNOTÍCIA.pt