Mergulhadores da Marinha Portuguesa contribuem para a deteção de minas marítimas em missão NATO

Mergulhadores da Marinha Portuguesa concluíram a participação na Very High Readiness Joint Task Force - Maritime da NATO, onde contribuíram para a deteção de 18 minas marítimas

Mergulhadores da Marinha Portuguesa
Mergulhadores da Marinha Portuguesa contribuem para a deteção de minas marítimas em missão NATO - ®DR

Ao fim de 75 dias de missão, uma Equipa de Mergulhadores da Marinha Portuguesa, constituída por 4 militares do Destacamento de Mergulhadores Sapadores nº3 – Mine Warfare (DMS3-MW), concluiu a participação na Very High Readiness Joint Task Force – Maritime da NATO, tendo tido um balanço positivo ao serem detetadas e contraminadas pela Força um total de 18 minas marítimas de antigos conflitos históricos.

Os mergulhadores da Marinha estiveram embarcados no navio caça-minas da Marinha Alemã FGS Bad Bevensen, no mais elevado grau de prontidão, flexibilidade e sustentação da enhanced NATO Response Force (eNRF), assegurando o primeiro nível de forças e meios militares passíveis de serem empenhados onde e quando for decidido pelo North Atlantic Council.
 
Durante o período em que estiveram empenhados nesta Força, os militares da Marinha, participaram em duas operações reais Historical Ordnance Disposal realizadas em França e na Estónia, e no exercício Freezing Winds. Estas ações procuram contribuir para a segurança marítima no domínio das contramedidas de minas e segurança da navegação.
Mergulhadores da Marinha Portuguesa
Detonação – ®DR
 
Sobre:

Os Mergulhadores constituem a componente operacional da Marinha Portuguesa na área do mergulho militar e inativação de engenhos explosivos, através do emprego de equipas altamente especializadas que operam num largo espectro de missões, tanto em tempo de paz, como em tempo de guerra.

​​​​​​​​​​​​​Incumbe, ao Agrupamento de Mergulhadores, através do Departamento de Mergulho da Esquadrilha de Subsuperfície promover o aprontamento, o apoio logístico e administrativo das unidades de mergulhadores, assim como assegurar, através da Escola de Mergulhadores, o treino e formação dos militares.

As Unidades de Mergulhadores estão organizadas em três destacamentos, designados sequencialmente por nº1, nº2 e nº3, subdivididas por equipas de quantitativos variáveis em função da complexidade, dispersão geográfica ou a duração da missão o justifiquem. 

Os destacamentos diferenciam-se, entre si, pelo emprego operacional.

A Escola de Mergulhadores detém a responsabilidade da formação de mergulho e inativação de engenhos explosivos de todos os Mergulhadores da Armada e ministra em média 30 edições de cursos de formação e de atualização por ano, com uma média total de 350 formandos civis, militares de outros ramos e das forças de segurança;

Deve-se aos mergulhadores a adquisição da primeira Câmara Hiperbárica do País, tendo sido instalada na então Escola de Mergulhadores, sediada na Esquadrilha de Submarinos, desencadeando de forma pioneira, a Medicina de Mergulho e Hiperbárica, sob a tutela do Serviço de Saúde da Esquadrilha de Submarinos;

Os Mergulhadores da Armada têm capacidade de mergulhar até 81 metros de profundidade; 

Na guerra de minas empregam veículos autónomos submarinos (AUV’s – Autonomous Underwater Vehicles) com sistemas de deteção de elevada precisão e grande complexidade tecnológica;

Têm participado em diversas missões de interesse público e noutras missões de relevo, quer nacionais, quer internacionais.

aNOTÍCIA.pt