António Maio, terminou o setor seletivo de 420km, realizado entre Alula e Yanbu, em 5h42m31s o que lhe permitiu averbar o 27º lugar da classificação geral do Dakar 2024. Mário Patrão, voltou a ser o piloto mais rápido do Veteran Trophy, alcançando a sua 10º vitória.
A 11ª e penúltima etapa do Rali Dakar 2024, mostrou-se uma difícil e perigosa jornada caracterizada pelos trilhos de pedra que exigiam aos pilotos uma condução prudente e concentração redobrada.
António Maio teve de enfrentar alguns contratempos ao longo desta exigente jornada, mas conseguiu sempre superar todos os obstáculos com a tenacidade e resiliência que lhe é peculiar. A uma etapa do fim do 46º do Dakar 2024, António Maio mantém-se num excelente 18º lugar da classificação geral, sendo ainda o 12º classificado no Ranking Rally GP.
“Foi uma etapa muito dura mesmo. Arranquei bem, mas apanhei algum pó o que limitou um pouco o meu andamento. A seguir ao abastecimento tive uma pequena queda e entortei o volante nas pedras, mas apesar do contratempo consegui manter um ritmo constante ao longo de toda a especial. Quando faltavam apenas 10 km para o fim falhei um waypoint e tive de voltar atrás. Entrei numa zona onde o GPS detetava como zona de velocidade e então fiz três quilómetros a 30km/h e com isto perdi imenso tempo. Os erros aqui pagam-se caro. No entanto, o que importa é que estamos bem e vamos para a última etapa. No Dakar cada quilómetro conta e tudo pode acontecer. Vamos manter o foco e concentração para chegar ao fim”, afirmou António Maio no acampamento instalado em Yanbu.
Também para Mário Patrão a penúltima etapa deste Dakar mostrou-se uma das mais exigentes desta edição. O setor seletivo de 420 km a disputar em terreno árido e acidentado entre Alula e Yanbu antevia possíveis alterações nas classificações, mas nem a complexidade da navegação que o dia de hoje exigiu abalou o piloto beirão, que mantém uma impressionante regularidade desde o início da prova.
O piloto gastou 5h48m56s a percorrer o troço cronometrado do dia e continua a aumentar a sua vantagem relativamente ao seu mais direto adversário, que tem agora uma desvantagem superior a 5h30m.
“A etapa hoje foi marcada por uma especial complexidade. Muita, muita pedra. Tive uma queda mais ou menos ao quilómetro 300, magoei-me um pouco no peito e cotovelo, mas consegui, com esforço continuar até ao final. A organização prometeu dureza e não enganou. Até ao final tudo pode acontecer e amanhã farei tudo o que estiver ao meu alcance para chegar ao final e levar o primeiro prémio para Portugal.” declarou Mário Patrão .
Amanhã, disputa-se a 12ª e última etapa desta 46ª edição do Rali Dakar. A etapa final poderá ser decisiva. Os 175 km cronometrados com início e fim em Yanbu não serão confortáveis para quem lidera a corrida, uma vez que este ano a organização apostou em dificultar ainda mais a navegação.
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