Pedro Araújo nas meias-finais de um torneio de ténis profissional

O tenista Pedro Araújo, somou a terceira vitória e vai este sábado discutir o acesso à final do 3º Open Internacional de Ténis de VRSA.

Pedro Araújo Ténis
Pedro Araújo nas meias-finais de um torneio de ténis profissional - ®DR

Dois anos depois, Pedro Araújo volta às meias-finais de um torneio de ténis profissional. O tenista lisboeta somou a terceira vitória esta semana e está nas meias-finais do 3º Open Internacional de Ténis de Vila Real de Santo António.

De manhã, Pedro Araújo (848.º) terminou o duelo com Francisco Rocha (932.º), interrompido na quinta-feira quando comandava por 6-2, 5-5. No reatamento, o pupilo de Frederico Marques voltou a assumir o ascendente que detinha até meio do segundo set e encerrou o encontro, com os parciais de 6-2, 7-6 (7/5). “Tive pontos para 5-1, mas baixei um bocadinho nível, ele subiu um pouco. Podia ter fechado mais cedo, mas hoje [sexta-feira] correu bem, embora não tenha tido grandes sensações”, resumiu Pedro Araújo ainda no court de ténis.

À tarde, nos quartos-de-final, Araújo aproveitou o rimo competitivo da segunda ronda e entrou muito determinado para levar de vencida o cabeça de série n.º7, o espanhol Alberto Barroso Campos (387.º), por 6-2, 6-3. “Fiz um jogo bastante bom, especialmente até ao 3-0 do segundo set. Depois e à semelhança do que aconteceu na segunda ronda, não tive a mesma iniciativa na procura dos pontos, mas estive sempre de algum modo confortável, pois não enfrentei um único ponto de break”, resumiu.

Embora esteja apenas pela terceira vez nas meias-finais de um torneio pontuável para o ranking mundial – e a primeira desde março de 2022 –, este início de época não surpreende Araújo. “Tenho feito boas semanas de treino com o Frederico, há melhorias no meu jogo, nomeadamente no serviço, e, aos poucos, outras melhorias surgirão certamente. Não fico surpreendido pela meias-finais, sei que tenho nível para isto, mas estou obviamente contente por estar a jogar um bom ténis e por ganhar três jogos seguidos, o que não acontecia há muito tempo”, concluiu Pedro Araújo.

Este sábado, o tenista lisboeta vai defrontar o espanhol Martin Landaluce (464.º) que, em fevereiro de 2023, ocupava o primeiro lugar do ranking mundial júnior, depois de vencer o US Open nesse escalão. “Treinei com ele há dois anos e, na altura, não era grande coisa, mas evoluiu muito, tem tido boas vitórias, mas espero competir bem e que a vitória caia para o meu lado”, frisou o único sobrevivente português no quadro individual.

Henrique Rocha (241.º), que há um ano conquistou nestes courts o primeiro de seis títulos no ITF World Tour, esteve em dia não, frente ao holandês Jelle Sels (576.º) e foi afastado na segunda ronda, ao fim de duas horas: 7-5, 6-3. “As condições não estavam fáceis, lutei do princípio ao fim, ele já tem alguma experiência e serviu muito bem nos momentos importantes. Eu não me senti muito bem, talvez por causa do dia de paragem, amoleceu-me um bocadinho. O facto de ter lutado durante o jogo todo é um bom indício”, explicou Rocha, desiludido por não ter podido defender o título. “Todos os torneios a que vou, principalmente futures, é com o intuito de ganhar. A verdade é que perdi na segunda ronda, embora ache que sou superior, mas hoje não caiu para mim”, admitiu. Rocha viaja agora para Tenerife, onde vai disputar dois torneios challengers.

Já João Domingues (795.º) deu boas indicações de estar perto da forma que o levou ao 150.º lugar do ranking, mas não foi suficientemente consistente para evitar a derrota na segunda ronda diante de Landaluce, por 7-5, 6-3. “Este jogo foi totalmente distinto da primeira ronda. No primeiro set, estive por duas vezes com break acima, tive oportunidades, mas não consegui concretizar, no segundo também voltei a ter um break acima. Não me senti tão bem, mas sei que preciso de jogos nas pernas para ter ritmo, ter confiança, para saber o que fazer em determinadas situações, ter padrões… Estive muito tempo sem ser competitivo, sem estar bem mentalmente e presente durante um encontro todo”, justificou o tenista de Oliveira de Azeméis.

Contudo, Domingues tem confiança no trabalho que está a desenvolver com o treinador Frederico Marques. “Espero jogar todos os torneios possíveis, para jogar um bom ténis e mostrar a intensidade que quero. Há momentos do jogo em que já vejo um bom nível. A verdade é que tive as minhas melhores quatro semanas de treino da minha vida e, continuando assim, sei que vou implementar no meu jogo”, frisou Domingues.

Quanto ao jovem Rodrigo Fernandes (1187.º), acabou por ver a sua boa prestação iniciada no qualifying travada pelo mais experiente uzbeque Khumoyun Sultanov (354.º), num encontro mais equilibrado do que os parciais de 6-1, 6-2 deixam transparecer. “Foi um jogo duro, frente a um adversário muito consistente, que estava a falhar muito pouco. Apesar do resultado, acho que tive bastantes oportunidades, principalmente no segundo set em que tive muitos pontos para fechar nos meus jogos de serviço. Também acusei o cansaço do jogo de ontem, três sets duros a um nível a que ainda estou pouco habituado – apesar de eu já ter mais alguma mais experiência –, mas acho que, no geral. fiz um bom torneio e fiquei contente com o meu nível “, afirmou o bracarense de 17 anos.

Fernandes vai disputar mais dois torneios ITF no Algarve, antes de uma eventual incursão no circuito mundial júnior. “Depois de descansar uma semana, vou jogar, se entrar, em dois torneios juniores em Espanha, caso contrário volto ao Algarve. Atualmente, não estou tão focado em juniores. Se tivesse um ranking melhor, sim, mas estou fora do top 500 e é difícil jogar torneios mais fortes. Como comecei a ganhar pontos ATP comecei a reduzir o número de torneios juniores”, explicou Fernandes.

O 3.º Open Internacional de Ténis de Vila Real de Santo António é uma prova do ITF World Tennis Tour organizada com o apoio da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António. O torneio decorre até 18 de fevereiro e distribui um prize-money total de 25 mil dólares.

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