Jaime Faria que este ano se estreou no top 400, é o último representante português no quadro principal de singulares do 4º Open Internacional de Ténis de Vila Real de Santo António que decorre no Algarve. O lisboeta de 20 anos avançou para os quartos-de-final após derrotar o colombiano Johan Alexander Rodriguez Rodriguez (660º no ranking ATP), por 6-0, 4-6 e 6-3, ao fim de duas horas e seis minutos de jogo.
“Sabia que o 6-0 era bastante enganador e também estava convencido que não ia ser tão fácil. Ele jogou muito bem e começou a impor o seu jogo, mais sólido do fundo do campo, a chegar a todas as bolas e teve qualidade. Eu tive mérito na forma como entrei no terceiro set, sobretudo a servir melhor e consegui manter-me mais confiante”, disse o atleta do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis e atual 390 º no ranking ATP
Na sexta-feira (11 horas), Jaime Faria decide no torneio de ténis no Algarve, um lugar nas meias-finais com o cabeça de série n º4, o dinamarquês Elmer Moeller (361 º) que, no mês passado, chegou aos quartos-de-final do Oeiras Challenger 75, depois de ter passado o qualifying. “É sólido do fundo court e fez bons resultados no Jamor, portanto está confiante e sei que tenho de preparar bem o jogo e levar o meu melhor para dentro de campo”, adiantou o quinto cabeça de série.
Nos pares, Jaime Faria e João Domingues somaram a quarta vitória juntos nos cinco encontros do torneio de ténis, realizados em Vila Real de Santo António e eliminaram a quarta dupla mais cotada do torneio, Matej Vocel/Michael Vrbensky, por 1-6, 7-6 (9/7) e 10-7. “Sinto-me mais confortável a jogar ao lado do João do que na semana passada apesar de termos feito meias-finais e hoje obtivemos a melhor vitória juntos”, frisou Faria, depois de passar às meias-finais da variante, que terão início não antes das 14 horas. Na outra meia-final, estará o compatriota Pedro Araújo, ao lado do finlandês Eero Vasa.
Duarte Vale (585 º) esteve muito perto de imitar Faria, mas acabou por ceder diante do norte-americano Nathan Ponwith (606 º), um adversário que já tinha defrontado em quatro ocasiões: uma no circuito universitário dos EUA e três como profissional. Vale teve um break de vantagem no terceiro set, no qual só aproveitou um de 13 break-points, e liderou o tie-break decisivo por 6/2, antes de perder a “maratona” de três horas e 37 minutos, por 6-3, 4-6 e 7-6 (8/6).
“No 4-1, tive seis break-points; em muitos ele jogou bem e houve três em que falhei por muito pouco (dois lobs e um ‘passing’), mas isso só mostra que ele estava a ser muito agressivo. E, depois disso, ele voltou a entrar no jogo e foi uma luta. No tie-break, tive quatro match-points, tentei manter o jogo tenso, porque foi assim que cheguei até ali e não queria mudar, mas ele foi mais agressivo quando estava por baixo e compensou. Dói bastante porque tive muitas oportunidades, tentei sempre fazer a coisa certa e não houve nenhum ponto em que eu tivesse saído do jogo ou estado desconcentrado ou desleixado. Hoje vai custar bastante, mas joguei a um bom nível, houve muitas coisas boas que fiz e vou agarrar-me a esses pontos positivos”, analisou Vale.
Tiago Pereira (734 º) também não passou a segunda eliminatória, por culpa do norueguês Viktor Durasovic (411.º). O sexto cabeça de série serviu para fechar a 5-3, mas só concluiu após mais de duas horas de jogo, no terceiro match-point, por 3-6, 6-3 e 6-4. “Comecei bastante bem, estive a ganhar por um set e 2-0, mas não consegui aproveitar e ele começou a jogar melhor. No terceiro set, ele entrou bem, consegui voltar ao jogo e até ao final foi lutar, mas, infelizmente não caiu para o meu lado, mas acho que joguei bastante bem. Devia ter sido mais determinado no segundo set, quando liderava”, resumiu o tenista algarvio.
O 4.º Open Internacional de Ténis de Vila Real de Santo António, no Alagarve é uma prova do ITF World Tennis Tour, organizada com o apoio da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e distribui um prize-money total de 25 mil dólares.