Ao longo de vários meses, Alexandre Farto aka Vhils, ‘trabalhou’ a sua arte na “pele” de um Mini clássico da primeira geração. O resultado foi agora revelado ao público e dá pelo nome de “TRACERY”.
Desafiado pela MINI, Alexandre Farto, artista português de renome internacional, também conhecido como Vhils, deixou o seu traço único num veículo clássico da icónica marca automóvel. O resultado deste desafio dá pelo nome “TRACERY”, um Mini transformado em criação artística.
Este projeto é a mais recente etapa da parceria entre a marca e o Vhils Studio, liderado pelo artista português. Em 2022, a colaboração da marca com o mundo das artes já tinha dado lugar a uma intervenção de grandes dimensões de Vhils que, recorrendo a uma técnica inovadora, decidiu homenagear o criador – Sir“Alec” Issigonis, designer e engenheiro britânico que concebeu o icónico Mini.
Agora chegou a altura de prestar homenagem à obra de Issigonis – o Mini, tendo sido escolhida uma técnica ancestral. Tracery é um termo inglês da arquitetura gótica – estilo arquitetónico marcado por uma decoração ornamental estrutural – que define o “rendilhado” permitindo aberturas para o exterior, filtradas por vitrais e rosáceas. No caso da obra que Vhils agora revela, o termo enfatiza a perfuração da pele do automóvel, representando elementos característicos da obra do artista.
Para a criação do conceito desta instalação artística, Vhils viajou até Oxford em setembro do ano passado para visitar a fábrica da MINI, onde teve oportunidade de escolher o modelo que seria a sua “tela”. A escolha recaiu sobre um Mini MkI de 1965. Um automóvel revolucionário no seu tempo, pela sua simplicidade.
“A MINI define-se desde a sua origem pelo seu lado icónico e irreverente. É uma marca que olha sempre para o futuro sem esquecer o seu legado. Já Vhils conta com um traço único, que nos tem dado criações que deixam a sua marca profunda na paisagem urbana. Para a MINI, que tem na cidade o seu território natural, encontrámos aqui uma combinação de elementos que nos une. E no caso de “TRACERY” em particular, é com orgulho que olhamos para o resultado final deste desafio que lançámos ao Vhils e à sua equipa”, destaca Gonçalo Empis, Head of MINI Portugal.
“A minha prática enquanto artista contemporâneo é profundamente inspirada pelas camadas de história e identidade enraizadas na paisagem urbana. O convite para intervir num dos primeiros modelos deste carro icónico permitiu-me expandir a minha criatividade para uma nova dimensão. Com este trabalho, não só presto homenagem à mente visionária de Sir Alec Issigonis, criador do Mini original, como também celebro o espírito revolucionário da própria criação. Com o seu design pioneiro e impacto democratizador, o Mini encarnou um símbolo de acessibilidade e mobilidade urbana. Através desta intervenção, quero desvendar as camadas deste legado, revelando a essência da sua contribuição para a cidade e os seus habitantes, enquanto crio um diálogo entre passado e presente, tradição e inovação”, destaca Alexandre Farto aka Vhils.
Para a execução do conceito, Vhils e a sua equipa contaram com a estreita colaboração da Rusty Soul Garage – autêntica oficina de arte automóvel, especializada no restauro de veículos, e já experiente em trabalhar com veículos da marca britânica.
Esta obra demorou seis meses a ser concluída, tendo sido necessário efetuar cerca de 30.000 furos nos diversos painéis do veículo.
Apresentada oficialmente no Vhils Studio na passada quarta-feira, 20 de março, esta obra surge como resultado de uma colaboração artística meticulosa que tinha um desafio especialmente exigente em mãos: transpor o estilo inimitável de Vhils, tantas vezes esculpido em fachadas de edifícios urbanos, diretamente na carroçaria de um Mini clássico.
Nesta apresentação, Gonçalo Empis abordou também a forma como a nova gama de modelos MINI, que será revelada ao longo de 2024, mantém como inspiração as linhas clássicas que caraterizam a marca. “Na MINI a inovação tecnológica surge sempre alinhada com a nossa visão e em estreita relação com o legado da marca. Isso é algo que volta a ser notório na nova geração de modelos que lançamos em 2024”, acrescentou o responsável em Portugal da marca que integra o BMW Group.
A mesma parceria que agora deu lugar a “TRACERY” iniciou-se em 2021. Envolve – além da MINI e do Vhils Studio – o Festival Iminente e a galeria Underdogs e já deu lugar ao lançamento de uma edição exclusiva de tejadilhos artísticos MINI, assinados por artistas emergentes nacionais, bem como ao lançamento das obras Temple of Light, de AkaCorleone, e PORT4L, de Tiago Marinho, ambos artistas portugueses.
Este Mini clássico transformado em obra de arte irá numa primeira fase estar em exibição em alguns concessionários oficiais da marca, de Norte a Sul do país, e irá posteriormente integrar a coleção internacional da MINI, onde poderá fazer parte de futuros eventos e exposições que envolvam a marca a nível mundial.
A nível internacional, a ligação da MINI à arte é já antiga, estando patente em diversos projetos, como foi o caso da criação de edições únicas a cargo de figuras como Paul Smith, Kate Moss ou David Bowie.