Intergeracional, em toda a cidade, maioritariamente gratuito e multicultural, o programa das Festas de Lisboa é um ponto de encontro de tradições populares e diferentes comunidades, obrigatório em junho.
Este ano o desfile das Marchas Populares na Avenida da Liberdade, no dia 12 de junho, inicia-se com um momento especial: a Dança do Dragão, pela Associação Geral Desportiva de Macau Lo Leong (grupo convidado), comemorativa do 25.º Aniversário do Estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau.
Ainda antes da noite de Santo António, as Marchas apresentam-se pela primeira vez ao público e perante o júri nas exibições do pavilhão, na MEO Arena (dias 31 de maio, 1 e 2 de junho). Três noites para os bairros contarem as suas estórias e darem a conhecer as suas gentes através dos figurinos e das coreografias, inspirando-se nesta edição, além de Lisboa, no rio Tejo – o tema da Grande Marcha 2024.
O Santo padroeiro principal da cidade de Lisboa é o protagonista de outras tradições, indissociáveis das Festas, como os emocionantes Casamentos, os populares Tronos e a animada Corrida de Santo António.
E como não há Festas sem eles, são 15 os Arraias Populares inseridos no programa para desfrutar em oito freguesias da cidade.
A música é outro dos pontos fortes destas Festas, com concertos imperdíveis que vão do fado ao jazz, passando pela música popular portuguesa, dancehall, R&B e música clássica.
Tony Carreira e Richie Campbell são os artistas que sobem ao palco no Terreiro do Paço, encerrando duplamente e da melhor forma as Festas de Lisboa, no final de junho. Dois grandes espetáculos integrados no Festival Porta da Europa, financiado pelo Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa. Dia 29, o cantor romântico, com mais de três décadas de carreira, interpreta alguns dos seus maiores êxitos, ao lado de convidados especiais e acompanhado por uma orquestra de 16 cordas. Dia 30 é a vez de um dos artistas mais bem-sucedidos da década de 2010, com um espetáculo criado “para e por Lisboa” que reunirá em palco outros músicos convidados.
Mariza é a voz de uma noite única de fado, no Castelo de S. Jorge (dia 20), para ouvir os temas do seu novo disco e êxitos de uma já longa carreira, como Chuva e Ó gente da minha terra.
A música clássica no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, com uma viagem musical à Europa dos séculos XIX e XX, e o jazz, com sete concertos no Largo do Picadeiro, com artistas nacionais e internacionais, são outros dos destaques musicais.
O CineConchas, com sessões de cinema ao ar livre na Quinta das Conchas, e o Arraial Pride, no Terreiro do Paço, mantêm a sua residência nas Festas de Lisboa que dão igualmente espaço a diversas exposições com destaque para a arte contemporânea – uma mostra concebida por Maria do Mar Fazenda para a Galeria Quadrum, com obras de vários artistas plásticos (patente até 8 de setembro), e outra que reúne as obras de arte adquiridas pela Câmara Municipal de Lisboa, em 2023, no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional (a partir de 23 de maio). Ainda durante este mês, no dia 26, o Museu de Lisboa – Palácio Pimenta inaugura a exposição Lisboa em Revolução, 1383-1974. Comissariada por Daniel Alves, esta mostra está inserida nas celebrações dos 50 anos do 25 de abril e inclui obras das coleções do Museu e peças cedidas por dezenas de instituições.
De muitas outras festas se fazem as Festas de Lisboa, como o Festival Bollywood Holi e Mercado da Índia, na Comunidade Hindu de Portugal (dia 2), a Festa da Cultura Coreana, no Museu de Lisboa – Palácio Pimenta (dia 8), o Thai Festival (entre os dias 21 e 23) e a Festa do Japão (dia 29), no Jardim Vasco da Gama, em Belém.