Exposição ‘Centro de Arte Contemporânea – 50 anos: A Democratização Vivida’ no Museu Soares dos Reis

O Museu Soares do Reis inaugura, esta sexta-feira, uma exposição que evoca a história do Centro de Arte Contemporânea, embrião da Fundação de Serralves.

Exposição Museu Soares dos Reis
Exposição ‘Centro de Arte Contemporânea – 50 anos: A Democratização Vivida’ no Museu Soares dos Reis - ©Flavio Alberto

Com curadoria de Miguel von Hafe Pérez, a exposição ‘Centro de Arte Contemporânea – 50 anos: A Democratização Vivida’ que vai estar patente ao publico no Museu Soares dos Reis, revisita a história no contexto institucional português, recriando alguns dos seus momentos expositivos e trazendo à luz muitos documentos gráficos pouco conhecidos.

“10 de junho de 1974. Não se cumpriram ainda dois meses da Revolução dos Cravos e já no Porto uma ação de rua inscreve na história da construção de centros culturais e espaços museológicos dedicados à criação contemporânea um momento inédito e até hoje sem paralelo”, descreve Miguel von Hafe Pérez, curador da exposição temporária ‘Centro de Arte Contemporânea – 50 anos: A Democratização Vivida’.

Com a inauguração no Museu Nacional Soares dos Reis agendada para esta sexta-feira, dia 7 junho, pelas 18 horas, presidida pela Ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, a exposição recorda esse acontecimento e evoca a história do CAC – Centro de Arte Contemporânea, embrião da Fundação de Serralves e do seu Museu de Arte Contemporânea.

Protagonizado por artistas e intelectuais da cidade ligados a instituições como a Cooperativa Árvore, o Teatro Experimental do Porto, a Seiva Trupe ou o Cineclube do Porto, o “Enterro do Museu Soares dos Reis” dá voz a uma reivindicação popular alimentada pela pulsão efervescente de abertura à modernidade, resgatada do pesado silêncio da ditadura.

Nascido de uma reclamação da cidade, o CAC — Centro de Arte Contemporânea instala-se, cerca de dois anos depois, justamente no Museu Nacional Soares dos Reis, graças aos contributos de Fernando Pernes, Etheline Rosas e Mário Teixeira da Silva.

De 1976 a 1980, o Centro de Arte Contemporânea promoveu cerca de 100 exposições e várias atividades culturais. Alberto Carneiro, Ângelo de Sousa, Álvaro Lapa, Júlio Pomar, Emília Nadal, Eduardo Nery, entre tantos outros, mostram as suas obras de forma antológica pela primeira vez no Porto.

Um intenso dinamismo de programação só possível graças ao estabelecimento de parcerias com embaixadas, institutos culturais estrangeiros e instituições, que permitiram a apresentação de importantes exposições de arte contemporânea em itinerância nacional e internacional no Porto.

Integrando o programa oficial das Comemorações dos 50 Anos do 25 de abril, a mostra ‘Centro de Arte Contemporânea – 50 anos: A Democratização Vivida’ ficará patente no Museu Nacional Soares dos Reis até ao final de 2024, contando com o apoio mecenático do BPI e Fundação “la Caixa”, e o apoio institucional do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do MNSR.

aNOTÍCIA.pt