A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) apresentou na passada quinta-feira (11) a Plataforma Nacional do Pão (PNP), no decorrer do Festival do Pão, realizado em Mafra, um projeto inédito de âmbito nacional para qualificar e promover o produto “Pão Tradicional Português”.
Alimento primordial, o pão faz parte da história gastronómica de Portugal, mas é, também, a base da alimentação, um valor que é necessário reconhecer. Por isso, a AHRESP abraçou o desafio lançado pela Câmara Municipal de Mafra em 2023, durante as celebrações do Dia da Gastronomia, e decidiu criar a Plataforma Nacional do Pão.
O objetivo da plataforma lançada pela AHRESP é qualificar e promover o Pão Tradicional Português, visando não só preservar as receitas e métodos tradicionais de produção do pão em Portugal, mas também incentivar a sua valorização e consumo. Além disso, a plataforma procura apoiar os produtores locais, destacando a importância do pão na cultura e gastronomia portuguesas, e potencialmente contribuir para o turismo culinário no país.
“A Plataforma Nacional do Pão representa um desafio único, agarrado pela AHRESP com o objetivo de definir as características do “Pão Tradicional Português” e conceder uma certificação a todos os produtos que correspondam ao conceito”, afirmou Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP.
Podem subscrever a PNP, entidades públicas, privadas e estatais, designadamente, produtores, agricultores, distribuidores, prestadores de serviços, comerciantes, municípios, associações, estabelecimentos de ensino e investigação e cidadãos, entre outras entidades e organismos com reconhecimento na promoção do produto “Pão Tradicional Português”.
Ao subscreverem a PNP as entidades, organismos ou cidadãos adquirem a qualidade de “Membros” e, em colaboração, assumem a missão de qualificar e promover o “Pão Tradicional Português”, pela sua identidade histórico-cultural e enquanto produto nacional reconhecido.
Para concretizar esta missão “será criado um laboratório para o desenvolvimento e inovação de produto, mas também uma biblioteca especializada sobre pão e os seus ingredientes, que contenha também estudos científicos, garantindo assim a qualificação de quem produz e trabalha o pão tradicional”, esclareceu Ana Jacinto.
Asseguradas todas as condições de produção, aos membros da Plataforma Nacional do Pão será ainda lançado um desafio para a “criação de uma rede de estabelecimentos que produzem o “Pão Tradicional Português” e a respetiva promoção destes estabelecimentos”.