AHRESP promove a Gastronomia Portuguesa: O Cabrito foi o produto homenageado

A AHRESP celebrou o Dia da Gastronomia – Património Cultural, na Sertã, onde o Cabrito foi o produto em destaque.

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AHRESP promove a Gastronomia Portuguesa: O Cabrito foi o produto homenageado - ©Armando Saldanha (Aldrabiscas)

O Dia Nacional da Gastronomia – Património Cultural é já uma imagem de marca da AHRESP, na promoção do potencial da Gastronomia para o Turismo. Este evento destacou a importância da gastronomia portuguesa, um dos pilares da matriz da cultura nacional, elevada há 24 anos a Bem Imaterial do Património Cultural de Portugal.

O anúncio do programa do Dia Nacional da Gastronomia – Património Cultural para 2025 abriu a 2.ª edição do evento, que decorreu no dia 26 de julho, na Casa de Espetáculos e da Cultura da Sertã reunindo cerca de 150 participantes entre professores, investigadores, pastores, jornalistas, empresários, associações com atividade ligada ao Turismo e especialistas em Gastronomia.

Carlos Moura, presidente da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) revelou que a 3.ª edição do Dia Nacional da Gastronomia – Património Cultural, a realizar em 2025, decorrerá em Albufeira. Proporcionando uma viagem à gastronomia algarvia a AHRESP destacará os bivalves, através da amêijoa, berbigão e lingueirão, tendo como receituário correspondente a cataplana, o xarém e o arroz.

Ao longo de um dia em que o Cabrito foi o produto homenageado e se debateram estratégias para o desenvolvimento da região do Pinhal Interior Sul, o presidente da AHRESP referiu que, “o interior tem um vasto património, natureza, gastronomia e pessoas que sabem receber bem”. E, segundo, Carlos Moura, “para os turistas acolherem um destino e regressarem sempre, esta é a receita ideal”.

Por isso, empenhada no apoio à arte de bem receber, através dos setores do Alojamento Turístico e Restauração e Bebidas, “a AHRESP inscreveu nos eixos fundamentais da sua ação a Gastronomia que, atualmente, gera mais de 4 mil milhões de euros em compras de géneros alimentares”.

Também Carlos Miranda, presidente da Câmara Municipal da Sertã, defendendo o potencial da cultura gastronómica afirmou que “se quisermos receber bem as pessoas, seguramente que o fazemos com mais facilidade através da Gastronomia, até porque, ela tem um lado emocional que nos liga diretamente aos lugares”.

Quanto à escolha do Cabrito como produto homenageado de 2024, o autarca destaca que “os caprinos são muito importantes para a economia local, com um receituário secular e de grande qualidade, prova disso é o facto de o maranho ser um produto certificado”.

O cabrito é um elemento central na gastronomia desta região portuguesa, reconhecido por sua importância cultural e histórica, especialmente popular em celebrações e festividades.

Sobre a arte de bem receber através da Gastronomia, Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, afirmou que, “hoje, podemos encontrar, em qualquer parte do País, motivos gastronómicos para viajar e passar um excelente dia”. O presidente do Turismo de Portugal destacou assim a Gastronomia como “fator excecional para promover um Turismo que vá a todo o território, ao longo de todo o ano. Estratégia que já fez de 2023 o ano de menor sazonalidade”.

O evento contou ainda com três mesas-redondas:

Há cerca de 200 mil anos…,  Este tema proporcionou aos participantes uma viagem do passado ao presente, destacando a importância da caprinocultura e da pastorícia para a sustentabilidade dos ecossistemas e a preservação da cultura gastronómica da região beirã. A debater estes temas estiveram João Pires – Pastor, Duarte Gomes Marques – presidente da Aguiar Floresta, Rui Lopes, professor e investigador

Basta escolher o acompanhamento – abordou a importância do cabrito na dieta mediterrânea. Esta sessão contou com a participação de Helena Real, secretária-geral da Associação Portuguesa da Nutrição, Alexandra Fernandes, diretora no matadouro Ribasabores, e Telma Santos, gestora do projeto DOM Casel Iguarias.

A discussão incidiu sobre a importância desta proteína na alimentação e na performance do nosso organismo, o seu papel e relevância nas Dietas Mediterrânea e Atlântica, e as principais razões para um consumo equilibrado de carne. Foram exploradas ainda as diferenças e benefícios das várias tipologias de carne – carnes brancas e carnes vermelhas.

Assado, guisado ou grelhado – Os chefs Vítor Sobral e João Ribeiro, acompanhados por Joana Pereira, proprietária do restaurante Casa da Ti Augusta, e pelo jornalista Edgardo Pacheco, abordaram o papel do cabrito na gastronomia portuguesa, explorando as raças, cortes, boas práticas na preparação e os enchidos como referência gastronómica nacional, assim como novas tendências gastronómicas.

Vítor Sobral, vice-presidente da AHRESP e responsável pela confeção do excelente cabrito e do arroz de miúdos, saboreado durante o almoço, a que não faltaram os também tradicionais maranhos, ressaltou o facto de que este tipo de pratos da cozinha regional, só têm sentido se forem degustados na região. “Em Lisboa, pode-se fazer cozinha tradicional portuguesa, cozinha de autor. Mas cozinha regional tem de ser na região!” concluiu o conhecido chef português.

O evento terminou com a confeção e degustação de cabrito, que foi assado no forno comunitário da Sertã.

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