Ao longo de oito meses, os militares da Força Aérea, com o apoio do avião C-295M da Esquadra 502 – “Elefantes”, protagonizaram 107 missões de vigilância no Mediterrâneo. O foco foi claro: proteger vidas humanas e combater crimes como o tráfico de pessoas, contrabando, pesca ilegal, migração irregular e outras atividades ilícitas.
Dividida em dois períodos – de 21 de março a 8 de julho e de 5 de setembro a 25 de novembro –, a operação permitiu cobrir uma área equivalente a metade do tamanho da Europa, com mais de 5,7 milhões de quilómetros quadrados percorridos ao longo de 560 horas de voo. Nesse período, os militares da Força Aérea detetaram 30.653 contactos, sendo 983 considerados relevantes. Entre eles, estavam 42 embarcações com 595 migrantes a bordo, 271 navios ligados a contrabando e diversos casos de pesca ilegal, barcos abandonados e embarcações sem sistemas de identificação, entre outros.
Na cerimónia de receção, o Tenente-General António Matos Branco, Comandante Aéreo, destacou a excelência e a resiliência da equipa ao honrarem “o nome da Força Aérea e de Portugal e por terem contribuído para a segurança na fronteira Sul da União Europeia, na luta contra a criminalidade transfronteiriça”, afirmou, agradecendo o compromisso em cada etapa do processo – desde o planeamento até à análise pós-missão.
Esta operação é parte integrante do projeto ÍNDALO, liderado pela FRONTEX, a Agência Europeia da Guarda Costeira e de Fronteiras, que tem como missão proteger as fronteiras externas da União Europeia. Trabalhando em conjunto com os Estados-Membros e países associados ao Espaço Schengen, a FRONTEX é um pilar essencial na gestão integrada de fronteiras, respeitando os valores fundamentais da União Europeia e reforçando a segurança em todo o território.
Com resultados expressivos e um impacto direto na segurança internacional, os militares portugueses reafirmaram o seu papel no reforço da proteção das fronteiras e na luta contra as ameaças que afetam não apenas a Europa, mas também o equilíbrio global.