B.Leza: 29 anos a celebrar a cultura africana em Lisboa

O B.Leza celebra 29 anos de história em dezembro e para assinalar o aniversário, a icónica casa apresenta um cartaz de eventos exclusivos

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B.Leza: 29 anos a celebrar a cultura africana em Lisboa - ®DR

O B.Leza, completa 29 anos de história a 21/12, e para assinalar a data, a mítica casa da cultura africana em Lisboa apresenta um forte cartaz ao longo de todo o mês de dezembro.

De entre uma agenda com muitos eventos, destaca-se o já ocorrido na passada sexta-feira, em que Dieg esgotou a casa com a sua original e impactante música enraizada nos ritmos de Cabo Verde. O jovem e promissor artista agitou Lisboa e levou ao rubro a plateia de fãs.

Na próxima sexta-feira, dia 13, é a vez de a Guiné-Bissau subir ao palco, pela mão e pela voz de Karyna Gomes. A conhecida artista traz-nos grandes temas do cancioneiro guineense, dos anos 60 aos anos 2000, num imenso e rico repertório para todos as gerações.

No dia 20 de dezembro, Angola chega ao palco do B.Leza com o show de Klaudio Hoshai. O artista, que este ano se apresentou com grande sucesso no AME, em Cabo Verde, e retornou ao arquipélago dois meses depois para um show em Mindelo, durante as festas de São João, para um público de 11 mil pessoas, apresenta no B.Leza mais uma noite de sua residência artística “Convida”, prometendo uma verdadeira festa de Natal. A celebração contará com a participação de outros artistas angolanos, em uma noite repleta de semba, kizomba e kuduro!

No dia 21, o B.Leza promete uma grande festa de aniversário: é hora de reunir os amigos e soprar as velinhas! As portas estão abertas a todos que desejam celebrar mais um ano deste espaço de igualdade e multiculturalidade. E a Banda B.Leza, juntamente com grandes músicos convidados, prepara um repertório incrível para animar a noite!

Lucibela junta-se à histórica Banda Monte Cara para um concerto especial no B.Leza, na noite de 31 de dezembro. A poderosa voz da cantora cabo-verdiana, combinada com a vibrante energia da banda, promete uma noite de pura tradição e festa.

Programação eclética rumo aos 30

O ano fecha, mas a programação continua com grandes agendamentos já previstos para 2025. A 11 de janeiro Bitori nha Bibinha e Chando Graciosa sobem ao palco e cativam para mais e diferentes ritmos de Cabo Verde. Verdadeiras lendas vivas do Funaná nas noites do B.Leza!

Mas nem só de África se faz o B.Leza. Cada vez mais, este é um espaço por onde também passam grandes nomes da música portuguesa, brasileira, latino-americana e de outras latitudes. Uma casa que se afirma de todos e para todos, porque a música e a dança não têm fronteiras. Um espaço multi-cultural e multi-racial, reconhecido pela Câmara Municipal de Lisboa de “interesse cultural relevante da cidade de Lisboa”.

Um pouco de história

Em 1988, o Palácio Almada Carvalhais acolheu o projeto “O Baile”, idealizado por um grupo de amigos. Tinha como objetivo criar um espaço de música africana que privilegiasse o convívio de gentes diferentes.

Mais tarde, em 1995, “O Baile” deu lugar ao “B.Leza”, projeto batizado em honra desse nome maior da cultura cabo-verdiana, o poeta e compositor Francisco Xavier da Cruz.

Desde sempre o B.Leza tem procurado divulgar e promover a cultura dos países de expressão portuguesa, privilegiando a música. Artistas de renome como Ala dos Namorados, Ildo Lobo, Tubarões, Tito Paris, Jorge Palma, Dino D’Santiago, Dany Silva, Bana, Carlos Zel, Lura, Sara Tavares, Nancy Vieira, Bau, Rodrigo Leão, Cool Hipnoise, Paulino Vieira, Paulo Flores, Bonga, B Fachada,  Bruno Pernadas, Ana Lua Caiano, Zé Ibarra, Rodrigo Amarante, Ferro Gaita, Fogo Fogo, Bulimundo, África Negra, Toty Sa’med, Yuri da Cunha, Pongo e tantos outros, já por ali passaram, fazendo daquele palco um santuário da expressão musical dos nossos dias.

O B.Leza é um espaço noturno lisboeta que se destaca por sua forte dimensão cultural e social, oferecendo música (com banda residente aos sábados e concertos aos sextas), dança (workshops e DJ sets aos domingos), teatro, exposições e eventos gastronômicos.  Além disso, apoia projetos sociais e se tornou um ponto de encontro para lisboetas de diversas origens e turistas, funcionando como um importante polo cultural, reconhecido nacional e internacionalmente.

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