A Figueira dos Amores, uma árvore centenária localizada nos Jardins da Quinta das Lágrimas, em Coimbra, conquistou o segundo lugar no prestigiado concurso europeu “Tree of the Year 2025”. Com 43.427 votos, esta árvore portuguesa destacou-se entre as 15 finalistas pela sua imponência, importância histórica e pela profunda ligação à famosa lenda de D. Pedro e Inês de Castro.
O concurso “Tree of the Year” teve início em 2011 e, desde então, celebra anualmente árvores com histórias de grande significado, ao mesmo tempo que promove a conscientização sobre a preservação do património natural. A edição de 2025 contou com a participação de 15 árvores de diferentes países, e a votação online decorreu entre 3 e 24 de fevereiro.
A Figueira dos Amores, também conhecida como The Lovers’ Banyan Tree, é uma árvore da espécie Ficus macrophylla, originária da Austrália. Plantada no século XIX por um aristocrata apaixonado por botânica, foi trazida para os Jardins da Quinta das Lágrimas através de uma troca de sementes com o Jardim Botânico de Sydney. Ao longo de mais de 150 anos, a árvore tornou-se um símbolo de resistência, memória e beleza, crescendo majestosa junto à Fonte dos Amores, cenário do romance imortalizado entre D. Pedro I e Inês de Castro.
O primeiro lugar do concurso foi atribuído à árvore “Heart of the Dalkowskie Hills”, da Polónia, com 147.553 votos, enquanto o terceiro lugar ficou com o “Pino de Juan Molinera”, da Espanha, que obteve 36.873 votos.
Assunção Júdice, presidente da Fundação Inês de Castro, responsável pela gestão e conservação dos Jardins da Quinta das Lágrimas, comentou: “Este segundo lugar é uma conquista notável e uma homenagem ao valor histórico e natural da Figueira dos Amores. Esta árvore centenária, que está profundamente enraizada na memória de Coimbra e na história de Portugal, continuará a emocionar e a inspirar todos os que a visitam. Que esta distinção reforce a importância de preservar o nosso património arbóreo e garantir que estas árvores singulares sejam apreciadas pelas gerações futuras.”
Com este resultado, a Figueira dos Amores reafirma o seu lugar como um dos maiores ícones naturais de Portugal e da Europa, incentivando um olhar mais atento para a preservação das árvores que são parte fundamental da identidade de cada território.
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