Patrícia Silva conquista medalha de bronze nos Mundiais de Pista Curta

Patrícia Silva conquista medalha de bronze dos 800 metros nos Mundiais de Pista Curta e estabelece um recorde de Portugal abaixo dos dois minutos

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Patrícia Silva Mundiais
Patrícia Silva conquista medalha de bronze nos Mundiais de Pista Curta - ®DR

Patrícia Silva ascendeu a estrela da seleção de Portugal ao conquistar a medalha de bronze dos 800 metros nos Campeonatos Mundiais de Pista Curta que terminaram hoje em Nanjing (China). Nesta jornada registe-se a concretização de mais três lugares de finalista, por Isaac Nader (quarto classificado), Salomé Afonso (oitava), ambos nos 1500 metros, e Gerson Baldé, oitavo no salto em comprimento. No final, com sete atletas, Portugal chegou a seis lugares de finalista.

Esta jornada dos mundiais foi em beleza para as cores de Portugal, com a excelente corrida efetuada por Patrícia Silva, com um final poderoso e de crença, a conseguir conquistar a medalha de bronze, correndo um centésimo mais rápido que a suiça Audrey Werro.

Numa corrida em que Patrícia Silva foi respondendo sempre com boa colocação tática e no final acreditou em que podia chegar às da frente e nem ela queria acredita no que tinha feito: um terceiro lugar e um recorde de Portugal abaixo dos dois minutos: 1m59s80”!

“Tenho-me divertido imenso, graças às pessoas que estão aqui comigo, a equipa técnica, a equipa de oficiais, que tem tornado tudo mais fácil, e na linha de partida estava a ver o slogan “Nanjing where athletes dream” e eu estava a sonhar, super feliz por estar nas seis melhores, e continuo feliz, e é disto que o atletismo é feito, deixarmos felizes e com maior alegria, porque realmente a felicidade traz mais felicidade”, afirmou Patrícia Silva no final da prova das mundiais.

O facto de estar mais madura fez a diferença. Se fosse a Patrícia de há uns tempos, o facto de não ter conseguido partir ao mesmo ritmo que elas, teria ficado fora da corrida. Consegui superar isso, pensei que consigo correr tão rápido como elas por isso, quando elas começarem a cair e eu começar a crescer estarei perto delas, afirmou. E foi a acreditar nisso que chegou mesmo à reta da meta em boa posição, apesar de “estar toda ‘rota’, mas eu queria tanto que foi só abrir o coração. Quando vi que estava no terceiro lugar fiquei mesmo em alegria total”, referiu, adiantando que dedica esta medalha à avó, Maria do Rosário, “que já não está connosco, mas que está no meu coração. Eu não sabia se teria oportunidade de mostrar, mas queria levá-la comigo”, disse mostrando o seu dorsal, onde estava escrito ‘avó’. “Ao mesmo tempo levei os meus pais comigo, o meu namorado, a todos os que não me deixam desistir”, concluiu.

Uma jornada de finalistas

Antes, outros portugueses tiveram a sua oportunidade. Nos 1500 metros, Isaac Nader repetiu a classificação obtida em Glasgow, cortando a meta no quarto lugar, com a marca de 3m39s58”, com o norueguês Jakob Ingebrigtsen a conquistar o ouro (repetindo o feito de ontem, nos 3000 metros).

Quem me conhece sabe que não é o que eu queria, não é o que esperava. Mas aconteceu. É desporto. Houve muitos encontrões, mas é assim. Somos nove atletas que querem vencer, eu joguei com as minhas armas, eles com as deles, infelizmente fui quarto. Fiz o que tinha a fazer, como tinha de fazer, simplesmente não deu mais”, concluiu.

Entretanto, nos 1500 metros femininos, Salomé Afonso terminou no oitavo lugar, tal como aconteceu no ano passado, cortando a meta em 4m07s67”.

“Estava à espera de que a etíope saísse rápido, mas não tão rápido como foi. Tentei sair à frente, mas depois olhei para o relógio e vi que o ritmo era excessivo para mim. Depois veio o segundo grupo e acho que esse foi o meu erro, deixei-me ficar para trás e já não deu para me colar a elas”, referiu a atleta, que ainda assim referiu que “podia estar a responder ao ataque, apesar das sensações não serem as melhores. Fiquei sozinha e a partir daí, a pista coberta tem este particular, foram muitas voltas atrás”, concluiu a atleta um pouco “frustrada, por perceber que não é ali o meu lugar”.

O outro finalista de Portugal foi Gerson Baldé, oitavo classificado no salto em comprimento, com a marca de 8,0s metros.

“Senti-me muito bem. Estava um campeonato fortíssimo. Nos últimos saltos senti que era ao nível do meu recorde pessoal, mas não chegou. Dei tudo de mim, gostei muito da prova, de estar aqui entre os grandes, veremos como serão as próximas provas”, referiu, a congratular Patrícia Silva pela medalha.

Portugal fechou assim a sua participação nos Mundiais Nanjing, fechando com uma medalha (27º lugar entre os países medalhados), mas em 16º lugar (exaequo com a França), com 17 pontos, graças a seis finalistas. Na comitiva nacional, apenas Larrinaga não chegou a um lugar de finalista. Aos finalistas de hoje juntam-se as finalistas do peso, Jessica Inchude (sexta) e Auriol Dongmo (oitava)

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