O auditório Almada Negreiros, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, foi palco de um momento marcante para o desporto português, com a tomada de posse de Fernando Gomes como presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP). Perante uma plateia de cerca de 300 convidados, Gomes assumiu o cargo com um discurso que sublinhou a sua dedicação total ao olimpismo nacional.
Numa demonstração do seu compromisso, Fernando Gomes anunciou que renunciou aos seus cargos de vice-presidente da UEFA, membro do Comité Executivo do mesmo organismo e membro europeu no Conselho da FIFA. “O Comité Olímpico de Portugal é, a partir de hoje, a minha vida a tempo inteiro e em exclusivo, sem amarras e sem agenda que não seja a defender os atletas, o olimpismo e o desporto nacional no todo”, declarou Gomes, evidenciando a sua determinação em impulsionar o desporto olímpico em Portugal.
A cerimónia contou com a presença de figuras de relevo como o primeiro-ministro, Luís Montenegro, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o ministro dos Assuntos Parlamentares e Secretário de Estado do Desporto, Pedro Duarte. A presença de deputados, autarcas e presidentes de diversas federações desportivas, incluindo antigos internacionais como João Vieira Pinto e Éder, e o presidente do FC Porto, André Villas-Boas, sublinhou a importância do evento para o panorama desportivo nacional.
Tanto o primeiro-ministro como o presidente da República elogiaram o vasto percurso de Fernando Gomes e a sua experiência no mundo do desporto. Luís Montenegro destacou a experiência acumulada de Gomes, antevendo um mandato de sucesso. Marcelo Rebelo de Sousa, por sua vez, reconheceu o “momento histórico” para o olimpismo nacional, mas alertou para os “três obstáculos” que Gomes enfrentará: a comparação com o seu antecessor, José Manuel Constantino, a ausência da “proteção” da Liga, como tinha na FPF, e a concorrência de potências desportivas como China e EUA.
Apesar dos desafios, a tomada de posse de Fernando Gomes gerou expectativas elevadas quanto ao futuro do olimpismo português. A sua experiência e dedicação exclusiva ao cargo são vistas como fatores cruciais para impulsionar o desporto nacional e alcançar resultados ainda mais expressivos nos próximos ciclos olímpicos.
