Em 2025, quando se completam 20 anos da morte de Álvaro Cunhal, o cinema português traz uma obra fundamental sobre uma das figuras mais marcantes da história contemporânea do país. Camarada Cunhal, realizado por Sérgio Graciano, estreia nas salas de cinema a 24 de abril e promete trazer à tela um dos momentos mais decisivos da vida do icónico líder do Partido Comunista Português, que se tornou símbolo da resistência contra a ditadura.
Baseado no livro Álvaro Cunhal, Retrato Pessoal e Íntimo, de Adelino Cunha (2013), Camarada Cunhal adapta para o cinema um dos episódios mais marcantes da luta contra o regime do Estado Novo: a evasão de Álvaro Cunhal e de outros nove presos políticos da temida prisão de alta segurança de Peniche, uma das mais implacáveis do regime salazarista. O filme mergulha no clima opressivo da época, retratando com detalhe a coragem, a determinação e a estratégia meticulosa que culminaram na célebre fuga organizada pelo Partido Comunista.
No papel de Álvaro Cunhal, o ator Romeu Vala oferece uma interpretação marcante, capturando a complexidade do personagem, não apenas como revolucionário, mas também como homem profundamente afetado pelos dilemas e desafios do seu tempo. O elenco, de grande talento, inclui Frederico Barata como Joaquim Gomes, membro do comité central do PC, e Tiago Teotónio Pereira, que interpreta um dos polícias envolvidos na repressão política da época, entre outros nomes de destaque da cena cinematográfica nacional.
Produzido pela Sky Dreams e distribuído pela NOS Audiovisuais, Camarada Cunhal é mais do que um simples relato histórico; é um convite à reflexão sobre o poder político e a força da resistência. O filme proporciona à nova geração de portugueses a oportunidade de conhecer um dos momentos mais decisivos da história do país e a figura de um dos principais protagonistas da luta pela liberdade, num contexto histórico fundamental para a formação da identidade nacional.
Camarada Cunhal estreia a 24 de abril, em homenagem à vida e ao legado de Álvaro Cunhal.
