WQS – Teresa Bonvalot alcança 5.º lugar no QS6000 de Pantín

Teresa Bonvalot alcançou, este domingo, um 5.º lugar no Pantín Classic Pro, etapa de estatuto máximo (QS6000) do circuito mundial de qualificação feminino, que se disputou na província espanhola da Galiza. A jovem surfista nacional conseguiu um resultado que a coloca ainda mais dentro da luta por um lugar no Women's World Tour de 2019.

Teresa Bonvalot
Teresa Bonvalot - ®DR

 

A surfista de Cascais, de apenas 18 anos, foi uma das oito surfistas que chegou ao dia final da prova galega, entrando em ação logo no heat inaugural dos quartos-de-final, onde enfrentou a norte-americana e top do WWT Sage Erickson. Teresa até começou melhor o heat, com uma onda de 6,00 pontos, que dava esperanças às cores lusas.

Contudo, com o mar a oferecer poucas ondas, Erickson acabou por passar para a frente do heat nos últimos 10 minutos. Teresa esperou por mais uma onda de qualidade para pode regressar à liderança. Ainda conseguiu esboçar uma resposta no último minuto do heat, mas ficou a apenas 0,20 pontos de fazer a reviravolta – os 10,87 pontos foram insuficientes frente aos 11,06 da norte-americana.

Teresa Bonvalot falhou assim a passagem às meias-finais em Pantín e a repetição do melhor resultado da carreira no WQS, depois de em 2016 ter chegado às semifinais, precisamente, em Pantín. Nessa altura também foi Sage Erickson a terminar com o sonho da portuguesa em chegar ao lugar mais alto do pódio.

Com este resultado, Teresa conseguiu somar 2.650 pontos para o ranking, onde era 15.ª classificada à partida para esta etapa. A jovem surfista portuguesa conseguiu ultrapassar a australiana Dimity Stoyle no ranking, mas vai ser ultrapassada por… Sage Erickson. E ainda pode perder mais um lugar, caso a japonesa Mahina Maeda chegue à final do campeonato – está já nas meias-finais.

Ainda assim, mesmo que perca um lugar no ranking, Teresa Bonvalot fica mais perto de alcançar a qualificação para o Women’s World Tour 2019, uma vez que reduziu distâncias para o “cut”. Teresa sai da Galiza com 8.810 pontos, numa altura em que o requisito está ligeiramente acima dos 10 mil pontos – apenas as seis melhores do ranking de qualificação, excluindo as surfistas que conseguem a permanência pelo WWT, garantem a qualificação.

Será na Austrália, de 8 a 13 de Novembro, no QS6000 de Port Stephens, em Nova Gales do Sul, que tudo se irá decidir em relação às contas finais de 2018. Esta é a única prova máxima que falta disputar até final da presente temporada do WQS feminino e um resultado positivo – o requisito deverá passar por outro 5.º lugar – poderá mesmo colocar a jovem surfista portuguesa na elite mundial do próximo ano. Algo nunca visto no surf feminino nacional.

Destaque ainda para as restantes portuguesas em prova, com Carol Henrique a terminar no 25.º posto, Camilla Kemp no 61.º, Leonor Fragoso e Mariana Assis ambas no 73.º lugar e Yolanda Hopkins na 97.ª posição.

Em Pantín também houve lugar a um QS3000 masculino, onde estiveram em prova mais de uma dezena de portugueses. O melhor resultado pertenceu a Miguel Blanco, com um 25.º posto final. Vasco Ribeiro foi 33.º classificado, Pedro Coelho e Luís Perloiro terminaram ambos no 49.º posto e todos os outros perderam antes da 3.ª ronda.

A “perna europeia” do WQS segue agora para Marrocos, onde na terça-feira tem início um QS1500 em Casablanca. Em prova vão estar uma dezena de portugueses, com Miguel Blanco, Pedro Henrique, Eduardo Fernandes, Francisco Carrasco e Pedro Coelho a serem os representantes lusos na prova masculina e Camilla Kemp, Carol Henrique, Leonor Fragoso, Mariana Assis e Yolanda Hopkins na prova feminina.

A prova marroquina antecede a chegada do circuito WQS masculino a Portugal, onde, de 24 a 30 de Setembro, se disputa o “novo” QS10000 da Ericeira. Será a antepenúltima etapa de estatuto máximo do circuito masculino e a que antecede a partida para o Havai, sendo por isso de importância máxima para os surfistas nacionais que ainda estão na luta por uma vaga no World Tour 2019.