Bailado “O Primo Basilio” no Cine-Teatro em Castelo Branco

O espetáculo inédito "O Primo Basílio", uma adaptação para bailado da obra de Eça de Queirós, que estreou em janeiro, com sala esgotada, no Theatro Circo, em Braga, vai agora apresentar-se no Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco.

Cine-Teatro Avenida, Castelo Branco,
Bailado “O Primo Basilio” - ®DR

 

É já no próximo dia 14, pelas 21,30 que o Cine-Teatro Avenida, vai ser palco de ‘O Primo Basílio’, uma das mais notáveis obras literárias de Eça de Queirós, agora, um bailado em II atos, graças à iniciativa do coreógrafo Fernando Duarte e da bailarina e docente Solange Melo.

As fascinantes personagens criadas pelo escritor, aliadas ao seu estilo único e inconfundível, constituíram o ponto de partida para um espetáculo de dança que se pretende intenso, dramático e transversalmente cativante.

Deste modo, o romance transcende a fronteira literária, fazendo despertar o interesse em descobrir a obra de Eça de Queiroz e valorizando também o património musical português, através de um suporte musical com base nas obras de Luis de Freitas Branco e de Fernando Lopes Graça.

Como espetáculo, “O Primo Basílio” assenta na relação entre a narrativa literária e a dança, foi também idealizado tendo em vista o desenvolvimento de uma residência em contexto escolar, onde o romance surgisse como elemento catalisador da aproximação artística à dança enquanto prática dee expressão artística preenchendo, deste modo, uma lacuna visivelmente existente entre o texto escrito e a dança.

Incorporando uma linguagem que alia a estética neo-clássica à dança contemporânea, ‘O Primo Basílio’ alude assim à reinvenção da fórmula de bailado narrativo, aliando à criação coreográfica um desenho cénico de cariz minimalista.

Através da residência artística em contexto escolar visa promover-se o encontro entre alunos e professores, por intermédio de um programa de ação prática em que bailarinos e coreógrafo desenvolvem, em conjunto com os docentes do ensino regular, um trabalho de exploração espontânea do movimento coreografado.

Pretende-se, desta forma, ampliar o papel da formação artística como elemento fundamental para uma educação que abranja o desenvolvimento do aluno na sua plenitude.