Sir Stirling Moss, lenda da Fórmula 1, morre aos 90 anos

O antigo piloto britânico Stirling Moss, vice-campeão mundial da Fórmula 1 na década de 50, morreu este domingo de Páscoa, em paz na sua casa de Londres, de acordo com declarações da esposa Susie Moss.

Stirling Moss
Sir Stirling Moss, lenda da Fórmula 1, morre aos 90 anos - ®DR

 

Stirling Moss, que é recordado como um dos grandes pilotos da história do automobilismo mundial, estava afastado da vida social desde 2018, devido a problemas de saúde recorrentes, tendo em 2016 sido afetado por uma infeção pulmonar, que o manteve hospitalizado cerca de 5 meses.

Nascido em Londres, a 17 setembro de 1929, Sir Stirling Moss, “Uma das lendas da Fórmula 1”, frequentemente apelidado de “o melhor piloto que nunca venceu um Campeonato do Mundo”, participou em 66 GP, entre 1951 e 1961, período durante o qual construiu uma saudável rivalidade com o argentino Juan Manuel Fangio, cinco vezes campeão mundial.

Em entrevista ao jornal Público, em 2009, a poucos meses de completar 80 anos, Moss revelava que todos os dias passeava pelas ruas de Londres ao volante sua scooter– “Ninguém me reconhece com o capacete” – e que se considerava uma “prostituta internacional”: “Se estiver na Austrália e me convidar para ir lá, pagando-me, eu vou. A minha vida agora é ser relações públicas e andar de um lado para o outro.”

Um estilo de vida, que lhe agradava. “Viajo muito, faço milhares de quilómetros por ano em aviões e visito países maravilhosos como o Japão, a Austrália ou a Nova Zelândia. Percorro a Europa toda e a América do Sul sempre rodeado por pessoas simpáticas. É uma vida muito agradável.”, refere na mesma entrevista.

Moss, que assumia a vida de playboy, que lhe permitiu viajar “por muitos países”, conhecer “muitas raparigas bonitas” e ter uma “qualidade de vida dez vezes superior à qualidade de vida que têm agora pilotos como o Lewis Hamilton”, que “não fazem ideia do que é desfrutar a vida”, não hesitava em afirmar que a sua “grande vitória” tinha sido o casamento com Susie, a “melhor amiga” com quem estava casado há 40 anos.

Além dos 16 GP que venceu, o britânico registou ainda 16 ’pole positions’, 19 melhores voltas, quatro ‘hat-tricks’ (‘pole position’, volta mais rápida e vitória) e 24 pódios durante os 10 anos em que correu na F1, acumulando um total de 186,6 pontos. Moss participou em 529 corridas em várias modalidades de velocidade ao longo da carreira, arrecadando 212 vitórias.

Nesse período, representou as equipas HWM, Connaught, ERA, Cooper, Maserati, Mercedes, Vanwall, BRM, Lotus e Ferguson.

Moss retirou-se oficialmente das corridas de alta competição em 1962, na sequência de um acidente em Goodwood, que o deixou em coma por um mês e parcialmente paralisado durante seis meses, continuando a  participar em corridas de ‘lendas’ do automobilismo até aos 81 anos, altura em que se retirou de vez depois de apanhar “um susto” nos treinos para a Corrida das Lendas incluída no programa das 24 Horas de Le Mans de 2011, no circuito de La Sarthe, ao volante de um Porsche RS61.

 

 

 

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