A etapa de hoje do Dakar, disputada em torno de Há’il com uma extensão de 373 km cronometrados, revelou-se particularmente complicada para Mário Patrão que se viu a braços com problemas técnicos na sua mota. Apesar disso, conseguiu concluir a etapa e segurar a terceira posição da classificação geral entre os pilotos que disputam a muito exigente classe Original By Motul.
Mário Patrão começou por sentir alguns problemas relacionados com a presença de água na gasolina fornecida pela organização. “A mota já ontem dava sinais de falhar com problemas de gasolina. Troquei o filtro, fiz a manutenção devida e pensei que o assunto estava resolvido, mas hoje, depois de arrancar a mota começou a falhar e o meu objetivo no dia, tendo em conta as circunstâncias, passou a ser tentar levar a mota até ao final. Tenho três depósitos: dois à frente e um atrás. Fui obrigado a parar por duas vezes para passar gasolina do depósito traseiro para o da frente. Hoje o trabalho de assistência vai ser bastante maior. Tenho o amortecedor de trás rebentado, tenho de mudar a bomba de gasolina, tenho imenso trabalho para fazer de modo a ter a moto em condições para o dia de amanhã”, referiu no final da etapa Mário Patrão, Campeão do Mundo Cross Country Rallies entre os Veteranos, que hoje registou o sexto melhor tempo entre os pilotos que disputam o Rally Dakar 2023 sem assistência externa.
Amanhã, dia 6 de janeiro, deveria disputar-se a etapa mais longa deste rali entre Há’il e Al Duwadimi, com 877.69 km, 467 km dos quais se previam que fossem cronometrados. Contudo, as chuvas dos últimos dias provocaram uma inundação no bivouac em Al Duwadimi que não poderá receber a caravana do Dakar. Por esse motivo, a etapa de amanhã arrancará do local inicialmente previsto, mas a distância será reduzida em aproximadamente 100 km. Pilotos e equipas irão efetuar uma ligação (de aproximadamente 300 km) até ao bivouac em Riade.