A que sabe Portugal? É esta a pergunta que motivou a aventura, a pesquisa e o encontro de Fabíola de Freitas, fotógrafa luso-venezuelana radicada no Panamá, que embarcou numa procura para captar a cultura portuguesa através da gastronomia (e tudo o que está por detrás dela), apresentada agora numa exposição fotográfica a que deu o nome de ‘Portugal ID: a que sabe Portugal?’.
O essencial desta viagem estará patente ao público, de 9 a 23 de junho, na Galeria Juan Manuel Cedeño, em Casco Antiguo, Cidade do Panamá, e conta com o apoio da Embaixada de Portugal no Panamá e do Instituto Camões. A inauguração aconteceu no passado dia 8 de junho, no âmbito das Comemorações do Dia de Portugal.
De norte a sul, passando pela Madeira “Um jardim flutuante”, durante mais de três anos, Fabíola compilou um registo visual e documental. Ali, entre as ruas estreitas do antigo porto da Europa, a vida mediterrânica ainda mostra orgulhosamente as suas raízes: a família à volta da mesa, a música à volta do prato e o sabor a partilhar.
Para Fabíola de Freitas: “A viagem começou como uma curiosidade, como um impulso para aprofundar a minha cultura. Tornou-se uma aventura que me permitiu conectar com a minha essência criativa e descobrir a minha origem. Levo comigo grandes amizades e um calor inigualável, mas também as melhores recordações de uma paisagem exuberante e o desejo de regressar uma e outra vez”.
Por detrás de cada fotografia existe um rico discurso poético que pode ser livremente interpretado. A exposição fala-nos não só da gastronomia e das suas origens, mas também da vasta oferta cultural que Portugal tem para oferecer, como o Carnaval de Podence, uma colorida tradição milenar cheia de fogo, misticismo e cor, única no mundo.
Ao ritmo dos sons tradicionais portugueses e com a oportunidade de provar alguns dos seus sabores, esta calorosa exposição abre as portas a todos os interessados em embarcar numa viagem longínqua sem sair da cidade.
“Se tivesse de colocar um sabor no paladar, diria que Portugal sabe a cozido, a azeitonas, cheira a licor de laranja, ao fumo da espetada. Do ponto de vista sentimental, Portugal sabe a casa, a porto seguro, porque transmite uma hospitalidade única que nunca senti em mais lado nenhum”, refere a fotógrafa luso-venezuelana.
E para si, a que sabe Portugal?
