Harmonia e Inovação: A nova imagem do Cento de Arte Moderna Gulbenkian

Centro de Arte Moderna Gulbenkian reabre sob a perspetiva do arquiteto Kengo Kuma, em harmonia com o jardim desenhado por Vladimir Djurovic.

Cento de Arte Moderna Gulbenkian
Harmonia e Inovação: A nova imagem do Cento de Arte Moderna Gulbenkian - ©Armando Saldanha (Aldrabiscas)

Exposições, performances, música, conversas, maratonas fotográficas, oficinas, e outras iniciativas de entrada livre vão marcar a festa de abertura do Cento de Arte Moderna Gulbenkian, que irá decorrer a 21 e 22 de setembro. Após a reabertura, todas as exposições terão entrada gratuita até ao dia 7 de outubro.

O programa reflete o novo Centro de Arte Moderna Gulbenkian CAM como um espaço multidisciplinar aberto à comunidade, apresentando várias exposições em simultâneo — o edifício ganhou cerca de 900 m2 de novas áreas expositivas— e uma programação de live arts, com nomes internacionais e nacionais que marcam a cena artística contemporânea. Haverá também atividades e visitas para dar a conhecer os novos espaços, as exposições e as obras da Coleção.

Inspirado no conceito de Engawa, um elemento da arquitetura tradicional japonesa que estabelece uma harmoniosa ligação entre o interior e o exterior, Kengo Kuma, um dos mais notáveis arquitetos da atualidade, recriou o edifício original de betão do CAM, inaugurado em 1983, aumentando a transparência a sul e acrescentando-lhe uma impressiva pala de 100 metros de comprimento, com uma cobertura de 3.274 telhas de cerâmica brancas, produzidas em Portugal.

O grande impacto visual deste elemento, que cria uma singular transição para jardim, dotou o edifício de uma nova identidade arquitetónica. Nas palavras de Kengo Kuma, trata-se de uma fusão perfeita, onde a arquitetura e o jardim dialogam em harmonia. O desenho da nova área do Jardim Gulbenkian é da autoria do arquiteto paisagista Vladimir Djurovic, que se inspirou na linguagem do jardim existente.

Trabalhando em estreita colaboração com Kuma, Djurovic criou uma criou uma “mata urbana”, definindo uma nova frente paisagística da Fundação Gulbenkian, a sul, com um elevado índice de biodiversidade, criando habitats para a vida selvagem e estabelecendo uma transição subtil, muito natural, com o jardim original. Nas palavras de Vladimir Djurovic: “Mais do que desenhar um espaço vivo e de bem-estar, na sua diversidade e riqueza, o projeto de expansão do jardim Gulbenkian dá novo relevo à ideia primordial da Fundação de se conectar e cocriar com a Natureza”.

De acordo com Ana Botella, diretora adjunta do CAM, “A ‘esperança’ da direção do CAM é que toda a gente – dos mais novos aos mais velhos, dos que já conhecem aos que nunca entraram no CAM – sinta algo e voltem para mais, bem como que esta intenção de viver o CAM perdure no tempo”.

Os jardins da Fundação Calouste Gulbenkian vão estar abertos ao público gratuitamente todo o ano e, “inspirados pela forma como os jardins da Gulbenkian são usados e apropriados pela cidade”, os responsáveis pelo CAM, desejam que as populações “integrem o CAM no seu quotidiano, e que sejam representativos de Lisboa em toda a sua diversidade”, destacou Ana Botella.

No novo Centro de Arte Moderna Gulbenkian, existem plataformas elevatórias, elevadores, balcões de atendimento rebaixados, rampas de acesso, percursos podotáteis e acessíveis, lugares de estacionamento (no Parque da Fundação) e instalações sanitárias equipadas e adaptadas para visitantes com mobilidade reduzida.

A Fundação juntou-se também à Bloomberg Connects, uma aplicação destinada a instituições culturais, que permite visitas online, sugerindo também roteiros aos visitantes presenciais. Nela, o visitante poderá encontrar informações sobre as obras da Coleção do CAM, bem como percursos para famílias, entre outros conteúdos.

Consulte o programa completo de abertura do CAM em https://gulbenkian.pt/noticias/novo-cam-vai-inaugurar-a-20-setembro/

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