"Por este amor que nos desune tanto" apresentado no Misty Fest.

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Foi no 1º dia do Misty Fest, no velhinho cinema São Jorge, que pudemos assistir ao lançamento do livro/disco de Luís Carvalho & Dead Flowers.

Este projeto nasceu da necessidade que Luís Carvalho sentiu de dar uma ambiência musical às suas palavras. E desse querer, nasceram os Dead Flowers, formado pelo Pedro Oliveira e João Guimarães.

Desta conjugação de voz e sons, resultou uma grande cumplicidade com o público. A poesia do Luis Carvalho, fala de amor essencialmente. As ilusões, a euforia de estar com alguém e a dor de se ficar só, o sorriso e a lágrima… em suma “O amor” que nos une e que nos desune. As palavras e a sonoridade da guitarra e da bateria, em conjunto com o baixo do convidado João Eleuterio, foi a simbiose perfeita para esta apresentação.

E como escreveu Nuno Miguel Guedes “esta é poesia para ser dita e ouvida. Não por acaso

tem recursos semelhantes ao que se usa nas canções – simetrias, repetições (oiça-se, por exemplo em Bagagem : “quando tu te fores, amor”).”

Luís Carvalho, publicou o seu primeiro livro de poesia “Buraco Branco” em 2008, que posteriormente foi musicado para um recital poético, apresentado no Frágil e em 2011 lança o livro/CD 4NCH, escrito durante uma estadia no Chelsea Hotel, local de referência para artistas, tais como Leonard Cohen, Janis Joplin, Bob Dylan entre outros. Participa habitualmente em tertúlias de leitura de poesia e prosa. Faz ainda parte do projeto Lotaria.

João Guimarães (guitarra e bateria), está ligado ao jazz (Lago Trio e Duo com Miguel Correia), ao projeto Lotaria, também com Luís Carvalho e integra os Dead Flowers com Pedro Oliveira (guitarra e teclas).

Pedro Oliveira é a guitarra e a voz da famosa Sétima Legião. É também um dos elementos do projeto “Cindy Kat” assim com co-produtor de alguns músicos, entre os quais se destaca Rodrigo Leão.

Mais uma vez o Misty Fest, faz uma divulgação digna de destaque de um projeto construído com amor, suor e muitos impossíveis. Para o Luís Carvalho & Dead Flowers, fica um pedido …. não desistam de nos surpreender com o vosso trabalho.