Paula Cabaço defende que a estratégia positiva carece de maior aprofundamento 

A Secretária Regional do Turismo e Cultura, a participar pela primeira vez na reunião do Comité das Regiões, em Bruxelas, na qualidade de responsável pela pasta dos Assuntos Europeus, defendeu um maior aprofundamento “no que respeita à política de coesão para o período pós 2020 e à necessidade de haver uma maior integração das RUP [Regiões Ultraperiféricas da União Europeia] na Rede Transeuropeia de Transportes”.

Paula Cabaço intervem na CEE

Paula Cabaço, também responsável pela pasta dos Assuntos Europeus, valorizou as especificidades das RUP  ao abrir “novos caminhos de desenvolvimento que visam gerar emprego, criar riqueza e beneficiar as populações” reconhecendo que a estratégia atual é “extremamente positiva” para a afirmação das mesmas, referindo que a “ Região participou ativamente e revê-se na Comunicação que foi aprovada em outubro passado, pela Comissão e que consubstancia uma estratégia renovada e reforçada para as Regiões Ultraperiféricas”.

De acordo com esta governante, “Era importante que esta estratégia refletisse, pelo menos, a manutenção do envelope financeiro em termos de política de coesão e que já definisse, por exemplo e, para o futuro, a complementaridade entre os subsídios a fundo perdido e os instrumentos financeiros, a majoração das taxas de co-financiamento ou mesmo o reforço da dotação específica relativa aos sobrecustos com que as RUP se deparam no seu dia-dia” acrescentando que a “clarificação e melhor integração das RUP na Rede Transeuropeia de Transportes facilitaria o acesso destas regiões aos apoios da UE, nomeadamente o Mecanismo Interligar a Europa (MIE), que visa a construção ou requalificação das infraestruturas portuárias e aeroportuárias”.

Relativamente à política agrícola comum e, particularmente, no que respeita ao POSEI, no caso da Madeira, recordou que existe o compromisso firme da Comissão de que este programa irá manter-se, embora sem definir os montantes que estão previstos na sua dotação, concluindo “O parecer apresentado pelo Presidente de Canárias e aprovado por unanimidade, durante esta sessão do Comité das Regiões, foi mais uma oportunidade para reforçamos aquelas que são as nossas principais preocupações”.