Decorreu esta segunda feira, em Castelo Branco, a sessão pública de inauguração da escola de queijeiros. Os formandos vão receber formação nas Escolas Superiores Agrárias de Castelo Branco e de Viseu.
A Escola de Queijeiros, um projeto da Inovcluster – Associação do Cluster Agro-industrial do Centro, que tem como parceira a Escola Superior Agrária de Viseu (ESAV), decorre no âmbito do Programa de Valorização da Fileira dos Queijos da Região Centro.
O objetivo desta ação formativa, é a capacitação para o conhecimento das principais técnicas de produção de queijo de Denominação de Origem Protegida (DOP), nas regiões da Serra da Estrela, Beira Baixa e Rabaçal.
Para Cláudia Domingues Soares, “este projeto é um bom exemplo da aplicação dos fundos regionais,” mas “O contexto que vivemos [pandemia] afetou este projeto que teve um conjunto de ações que se viram condicionadas. Tivemos que procurar alternativas para dar continuidade ao projeto e uma das soluções passou pelo digital”, referiu a presidente (InovCluster), acrescentando que esta é “uma aposta na qualidade e na excelência, posicionando a Região Centro no incremento da produção e valorização do queijo com DOP”.
Para as 20 vagas disponíveis, foram recebidas 58 candidaturas, as quais foram sujeitas a um processo de seleção. No final foram admitidos 23 formandos e matriculados 21, 11 pertencentes à DOP da Beira Baixa, sete à DOP da Serra da Estrela e três à DOP do Rabaçal.
Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, que se deslocou a Castelo Branco, no dia em que faz um ano que tomou posse sublinhou que “Este projeto é um dos melhores exemplos de coesão. Temos de voltar a ser um país produtor e temos de qualificar e restabelecer o que já temos e não andar a fazer multiplicações desnecessárias”, referindo ainda “que este tipo de iniciativas não produz efeitos imediatos, precisam de tempo para apresentarem resultados”.
A governante realçou também a importância que o Governo está a dar aos setores agroalimentar e agroindustrial e ao papel fundamental que o Centro de Apoio Tecnológico Agro-Alimentar (CATAA), instalado em Castelo Branco tem vindo a desempenhar, assim como as instituições de ensino superior público, nomeadamente, os institutos politécnicos de Castelo Branco e o de Viseu, envolvido no projeto desde o inicio.
Relativamente à iniciativa Escola de Pastores, os empreendedores que concluíram com sucesso a formação e que já estavam instalados, ou iniciaram a atividade da agropastorícia para produção de leite e seu fornecimento a queijarias que produzam queijos com DOP na região Centro, foram atribuídos 15 vales no valor de 5.000 euros.
A cerimónia de inauguração da Escola de Queijeiros, contou ainda com a presença entre outros do Presidente da Camara Municipal de Castelo Branco, José Augusto Alves, Jorge Brandão, vogal executivo da Comissão Diretiva do POC 2020, José Paiva, Presidente do IPV e de Antonio Fernandes, presidente do IPCB.
O Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro teve início em 1 de janeiro de 2019 e envolve um investimento total de 2,7 milhões de euros, sendo que 2,3 milhões correspondem a este programa, financiado em 85% pelo Centro 2020, e 428 mil euros dizem respeito à iniciativa Rota Turística e Gastronómica Queijos da Região Centro, financiada em 65% através do Valorizar.
Na globalidade, o projeto envolve um total de 14 entidades da região Centro, das quais quatro comunidades intermunicipais (Beira Baixa, Beiras e Serra da Estrela, Região de Coimbra e Viseu Dão Lafões), cinco associações do setor, dois institutos politécnicos (Castelo Branco e Viseu) e o Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior.
O Programa de Valorização da Fileira dos Queijos da Região Centro é cofinanciado pelo CENTRO 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional
