Exposição “Outros mundos” converte o Barreiro num museu a céu aberto

Outros mundos, Viagem pelo Sistema Solar faz parte do programa Arte na Rua, através do qual a Fundação "la Caixa" pretende levar a ciência e a cultura às pessoas fora do contexto habitual dos museus e das salas de exposição.

exposição Outros mundos
Exposição “Outros mundos” converte o Barreiro num museu a céu aberto - ®DR

A exposição “Outros mundos”, uma viagem pelo Sistema Solar guiada por Michael Benson,  transforma o Barreiro, até 22 de julho, num museu a céu aberto. A exposição reúne 40 imagens de grande beleza do nosso Sistema Solar obtidas em várias missões planetárias e posteriormente processadas pelo fotógrafo, artista e escritor norte-americano Michael Benson. 

Um dos objetivos prioritários da Fundação “la Caixa” é levar a cultura, a ciência e o conhecimento à sociedade. A divulgação é um instrumento fundamental para promover o crescimento das pessoas e, por esta razão, a Fundação “la Caixa” e o BPI trabalham de forma a levar o conhecimento a públicos de todas as idades e níveis de educação. 

Com o programa Arte na Rua, a Fundação “la Caixa” pretende mostrar a obra de artistas de renome no panorama internacional. Desta vez, vai converter o Barreiro num museu a céu aberto e unir a arte à ciência. O programa Arte na Rua foi lançado em 2006 e, desde então, tem levado ao público criações de figuras de destaque da modernidade, como Auguste Rodin, Henry Moore e o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, entre outros. Agora, com a exposição de Benson, o programa integra uma nova linha centrada na ciência e na natureza.

Amante da ciência, Benson escolhe e trata imagens originais a preto e branco com diferentes filtros e combina-as, usando por vezes centenas dessas imagens para compor os mosaicos a cores sem descontinuidades apresentados na exposição: panorâmicas fascinantes que, mesmo nos dias de hoje, ainda estão fora do alcance da experiência humana direta.

O fascínio pelo céu noturno tem sido recorrente ao longo da história da civilização. No entanto, foi só em 1957, com o lançamento do primeiro satélite que orbitou a Terra, que a humanidade se aventurou na exploração do espaço. Durante os 70 anos que se seguiram, foram levados a cabo os primeiros grandes projetos de exploração dos mundos extraordinariamente diversos que compõem o Sistema Solar, dando origem a uma história audaz e absolutamente transcendental. Alguns destes contributos estão espelhados nas imagens de Outros mundos.

Desde o início da exploração espacial, tornou-se possível ver o nosso planeta do tamanho de uma ervilha e, mais tarde, do tamanho de um pixel, graças às viagens que os nossos embaixadores robóticos têm feito a locais nunca antes visitados por seres humanos. Em Outros mundos, o legado visual deixado por estas viagens não é apenas valorizado pela sua importância em termos científicos, mas também por constituir um capítulo singular na história da fotografia.

A obra resultante ilustra de forma vívida a veracidade da afirmação programática utópica feita em 1912 por Konstantin Tsiolkovsky, o visionário russo dos voos espaciais: “a Terra é o berço da humanidade, mas não se pode ficar no berço para sempre“.

A exposição Outros mundos, estará patente até a 22 de julho de 2021 na Avenida Bento Gonçalves (Avenida da Praia), no Barreiro. A Organização e produção da exposição é da Fundação “la Caixa”. O  Comissariado é de Kike Herrero (Instituto de Estudos Espaciais da Catalunha).

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