Jogos Olímpicos: Luciana Diniz e o cavalo Vertigo du Desert ficaram no 10º lugar

A cavaleira portuguesa Luciana Diniz e o cavalo Vertigo du Desert participaram na final olímpica de Saltos de Obstáculos, classificando-se em 10º lugar nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020.

Luciana Diniz nos Jogos Olímpicos
Jogos Olímpicos: Luciana Diniz e o cavalo Vertigo du Desert ficaram no 10º lugar - ®DR

Luciana Diniz foi esta quarta-feira 10.ª classificada na final de saltos de obstáculos dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, após sofrer uma penalização, ao derrubar o penúltimo obstáculo, que a impediu de lutar pelas medalhas.

Nos 10 km de Natação em Águas Abertas Angélica igualou o melhor resultado português, enquanto Marta Pen fez o melhor tempo pessoal do ano nas meias-finais dos 1500m, melhorando a classificação do Rio 2016, tal como Cátia Azevedo saltou vários lugares em relação aos Jogos de há cinco anos, nos 400 metros.

Amanhã é o dia das decisões para Pedro Pichardo, na final do triplo salto, a partir das 3h00 e para Teresa Portela que garantiu o acesso direto à meia-final de K1 500m, que se disputa, às 02h05.

Depois dos destaques, nomeadamente de Luciana Diniz, o balanço de um “dia morno” da Equipa Portugal nos Jogos Olímpicos:

ATLETISMO. Marta Pen conseguiu a sua melhor marca da época na distância dos 1500 metros, ao terminar a segunda meia-final com 4:04:15, correspondente ao 19.º lugar na classificação geral, melhorando assim o 36.º lugar que tinha obtido no Rio de Janeiro em 2016. No final da prova, a atleta da Equipa Portugal estava contente com a sua prestação: “Vim disputar um lugar na final, mas os 1500 metros são uma prova muito tática e nos últimos 400 metros não estava muito posicionada. Estou muito orgulhosa do sítio onde estou e desta season best [melhor marca pessoal da época]”.

Quem também melhorou a classificação geral face à anterior edição dos Jogos Olímpicos foi Cátia Azevedo. Tinha sido 31.ª em 2016 na prova de 400 metros e desta vez terminou em 17.º lugar, após ter sido 7.ª na sua meia-final, com o tempo de 51.32 segundos, a sua terceira melhor marca de sempre. “Queria uma marca na casa dos 50 [segundos], não foi possível, mas saio daqui bastante satisfeita. Tenho a certeza de que estou a valer o meu recorde pessoal, mas corri um pouco mais tensa entre os 200 e os 300 [metros] e paguei a fatura no final”.

CANOAGEM. Teresa Portela alinhou na primeira série das qualificações de K1 500 metros e terminou em 2.º lugar, com o tempo de 1:48.727, apenas atrás da belga Hermien Peters (1:47.959). Com este resultado, a canoísta da Equipa Portugal garantiu o acesso direto à meia-final da distância, que se disputa na quinta-feira, às 02h05.

“Vejo as coisas muito competitivas e a minha eliminatória tinha boas adversárias. Não sei se vinha no máximo, mas fiquei contente por ter passado e assim estou melhor amanhã para a semifinal. Gostava de passar [para a final] mas acredito que vai ser muito mais competitivo e complicado”.

Joana Vasconcelos também competiu nesta distância, mas foi 5.ª classificada (1:57.513) nas qualificações e disputou os quartos-de-final onde também não conseguiu a progressão na prova, ao terminar em 6.º, com 1:56.622. No final, a atleta da Equipa Portugal assumiu que gostaria de ter outros resultados nas provas em que participou: “Claro que queria mais, mas não foi possível. Foi uma época muito longa e acho que já não chego aqui no meu melhor. Agora tenho o grande objetivo de trabalhar para Paris”.

EQUESTRE. Luciana Diniz classificou-se no 10.º lugar da final olímpica de saltos de obstáculos, com o tempo de 84.69 e uma penalização de quatro pontos nesta prova dos Jogos Olímpicos. Foi no obstáculo 13 que a cavaleira da Equipa Portugal e Vertigo du Desert tiveram um derrube que condicionou o resultado final. “Eu não acredito no número do azar, mas foi o único obstáculo em que hoje não montei perfeitamente. Não é por ser o número 13, mas sinto que ali faltou um pouco de precisão”, explicou Luciana Diniz. “Ali o tempo estava a ficar apertado. No número doze, o meu cavalo saltou muito alto e vinha devagar, e eu tive de o avançar um pouco mais, que é exatamente o que ele não gosta. Foi ali que eu cometi uma pequena falha, minha.”

Luciana Diniz quis assumir diretamente a responsabilidade: “O erro foi da cavaleira, porque o cavalo estava perfeito. Por isso é que fico motivada a melhorar e a aperfeiçoar-me a cada percurso.”

A medalha de ouro foi para o britânico Ben Maher, em Explosion W; a de prata para o sueco Peder Fredricson, em All In; e o bronze para Van der Vleuten, dos Países Baixos, em Beauville Z. Concluíram a prova 25 dos 30 conjuntos finalistas.

NATAÇÃO. Angélica André terminou os 10 km de Natação em Águas Abertas no 17.º lugar, entre as 25 participantes na prova realizada na Marina de Odaiba.

A atleta da equipa Portugal terminou a 5:09.9 da medalha de ouro, a brasileira Ana Marcela (1:59:30.8), e igualou o resultado obtido por Daniela Inácio, nos Jogos

Olímpicos Pequim 2008. Angélica André fez o balanço da sua participação: “Acabei por igualar o melhor resultado português em Jogos Olímpicos. Dei tudo o que tinha para dar, mas não estou feliz. Nunca me senti bem na prova, do princípio ao fim. Todas as sensações que tive esta semana foram incríveis, estava a nadar muito bem, mas hoje não consegui aquilo que queria. Não foi a estreia que eu mais desejei.”

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