Volta ao Alentejo termina em Évora com festa venezuelana e em dilúvio

Orluis Aular, o venezuelano da equipa espanhola Caja Rural-Seguros RGA, festejou em Évora a vitória na 39ª Volta ao Alentejo Delta Cafés

Volta ao Alentejo em Évora
Volta ao Alentejo termina em Évora com festa venezuelana e em dilúvio - ®DR

Foi com um verdadeiro dilúvio que o centro histórico de Évora recebeu, este domingo, Orluis Aular para festejar, o triunfo na 39ª Volta ao Alentejo Delta Cafés. O venezuelano da equipa espanhola Caja Rural-Seguros RGA venceu duas etapas e terminou a “Alentejana” com vantagem de cinco segundos sobre Xabier Azparren (Euskaltel-Euskadi). A derradeira etapa corrida entre Castelo de Vide e a cidade Património Mundial da Humanidade/Unesco não trouxe qualquer alteração às diversas classificações estabelecidas no contrarrelógio da véspera ganho por Orluis Aular.

À partida, o aviso de Alerta Amarelo ainda colocou o pelotão de sobreaviso, mas os receios dissiparam-se e a tirada de 171,9 quilómetros apenas teve vento e alguns aguaceiros ligeiros. Teve pouco para contar, ainda assim destaca-se Luís Gomes (Kelly-Simoldes-UDO) por ter sido o primeiro a mexer no pelotão. Juntaram-se-lhe Luis Mendonça (Glassdrive-Q8-Anicolor), Julen Irizar (Euskaltel-Euskadi) e Rui Vinhas (W52-FC Porto). Depois de quase sessenta quilómetros foram alcançados. Pouco antes da Meta Volante de Estremoz já a frente de corrida era outra com nove unidades que foram sucessivamente anuladas à medida que se aproximava a chegada a Évora. Já no empedrado de acesso à Praça do Giraldo, no centro histórico, o espanhol Juan Jose Lobato (Euskaltel-Euskadi) conseguiu uma pequena vantagem e mais ninguém o apanhou. Os portugueses Daniel Freitas (Rádio Popular-Paredes-Boavista) e João Matias (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados) bem tentaram discutir o sprint, mas sem sucesso.

Com o quarto lugar neste último dia e já fora das bonificações de tempo à chegada, Orluis Aular conseguiu manter os cinco segundos de vantagem que lhe deram o triunfo na Alentejana dirigindo aos companheiros um “saludo” especial. “Estou muito contente com o trabalho da equipa. Fizeram um grande trabalho durante estes cinco dias. Tinha muita vontade de vencer esta Volta. Preparei-a muito bem e quando há empenho e perseverança conseguimos alcançar os objetivos”. Do Alentejo, o venezuelano de 25 anos ficará sempre com boas recordações porque esta foi a primeira vitória numa prova por etapas enquanto profissional. Além de ficar com a Camisola Amarela Delta Cafés que ganhou no primeiro dos cinco dias de competição (despiu-a apenas após a segunda etapa), Aular venceu também a Camisola Vermelha Correio da Manhã por ser o mais regular em prova e vencedor da Classificação por Pontos. Rodrigo Caixas (LA Alumínios/Credibom/Marcos Car) embora sem características de trepador venceu o Prémio da Montanha expresso nesta Alentejana através da Camisola Verde Carclasse Jaguar. O espanhol Pelayo Sanchez (Burgos- BH) acabou por ser o melhor entre os corredores mais novos e vestiu a Camisola Branca CMTV. A festa do pódio e a cerimónia de consagração dos vencedores que fechou a 39ª Volta ao Alentejo Delta Cafés acabou beliscada por um autêntico vendaval e forte chuva que começou a tombar sobre Évora logo após o fim da prova. Nada que incomodasse Carlos Pinto de Sá, o autarca eborense incondicional defensor desta competição que manifestou desejo de começar já, no âmbito da CIMAC – Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, a preparar uma grandiosa edição para festejar os 40 anos da “Alentejana”.

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