Patrícia Mamona foi sexta na final do triplo-salto nos Mundiais de Pista Coberta

Nos Mundiais de Pista Coberta Patrícia Mamona ficou no sexto lugar ao ver anulado o quinto ensaio, por uma ‘minúscula’ falha na tábua

Patrícia Mamona nos Mundiais de Pista Coberta
Patrícia Mamona foi sexta na final do triplo-salto nos Mundiais de Pista Coberta - ®DR

Numa das finais de triplo-salto mais competitivas de sempre em Mundiais de pista coberta, com recorde mundial (15,74 m) de Yulimar Rojas, Patrícia Mamona terminou em sexto lugar. Já Abdel Larrinaga consegue seguir em frente nos 60 metros barreiras.

Que concurso de triplo-salto, com muitas alterações ao longo de todo o concurso à exceção de uma: o primeiro lugar! Com efeito, a venezuelana Yulimar Rojas está num patamar acima das restantes, bem acima dos 15 metros e no último ensaio colocou o recorde mundial absoluto nos 15,74 metros! Saltou mais um metro que a segunda classificada, a ucraniana Maryna Behk-Romanchuk (14,74 m, recorde pessoal) e a jamaicana Kimberly Wiilliams foi terceira com 14,62 m também ao último ensaio.

E foi até ao último ensaio que Patrícia Mamona teve de esperar para definir a sua classificação nestes Mundiais de Pista Coberta. A recordista nacional e vice-campeã olímpica fez os seus melhores saltos da época (saltou duas vezes a 14,42 metros, uma delas no último ensaio), chegou a estar no quarto lugar, caiu para sétimo, mas fechou na sexta posição.

«Não sendo desculpa, comecei tarde a época devido a lesão. Sei do trabalho que fazemos e senti que podia chegar a um melhor salto, mas na verdade não gosto muito deste tipo de pistas. Gosto de piso mais duro, como ao ar livre”, disse atleta nas entrevistas rápidas, que não ficou surpreendida com o título de Rojas nem o recorde pessoal da ucraniana, “pois sabia que nesta final seriam conseguidos bons resultados, com atletas a fazerem o seu melhor deste ano, que foi o que também aconteceu comigo”.

Ainda assim, a atleta reconhece que no “quinto ensaio, por uma minúscula falha na tábua, que deu nulo, não vi validado um resultado que me poderia colocar nas medalhas, mas não fui muito feliz com a tábua e serve para aprender, para continuar a tentar saltar cada vez mais longe. Não consegui hoje, mas conseguirei no futuro”.

A atleta vai continuar o seu trabalho para a época ao ar livre, “que é onde me foco mais, apenas algumas vezes entendo fazer e competir em pista coberta, que foi o que fiz este ano, sentindo que poderia chegar aqui na minha melhor fase nesta altura da época. Como referi, o meu foco é ao ar livre e vejo com muita satisfação regressar à pista [Hayward Field, em Eugene, Oregon, nos EUA) onde passei os 14 metros pela primeira vez e que espero me ajude a saltar de novo acima dos 15 metros [como aconteceu na final olímpica, onde conquistou a medalha de prata com 15,01 metros]”.

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