Após o interregno ditado pela pandemia, as Festas do Mar regressam a Cascais com modelo bipartido.
Fugir do pico do calor e dos festivais de verão e proporcionar uma festa da lusofonia no palco mais perto do Atlântico a quem, por causa das férias, raramente consegue assistir às Festas do Mar. É este o novo modelo das Festas do Mar que regressam à Baía de Cascais de 25 a 28 de agosto e de 1 a 4 de setembro.
Uma festa que, este ano, volta a ter dois palcos – o principal, em plena Baía, e o “Cascais”, nas imediações da Cidadela – e que continua a privilegiar a música em português. No último dia, o desafio estende-se a todos os que estiverem presentes na Baía. A Sinfónica de Cascais vai tocar as músicas do TOP RFM e, com a coordenação de Paulo Fragoso, da RFM, e recurso a microfones espalhados pela Baía e as letras em teleponto, vai ser o público a dar voz às músicas.
“As Festas do Mar são um marco”, referiu esta manhã, Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, que apresentou o cartaz das Festas do Mar 2022, da esplanada do Hotel Baía, tendo como pano de fundo uma vista absolutamente extraordinária sobre a Baía de Cascais. “Este festival é uma referência numa terra de reis e pescadores, onde mais de 20 por cento são pessoas de outras nacionalidades”, acrescentou, explicando que “as Festas do Mar são um símbolo desta congregação de culturas, são o símbolo da lusofonia”.
Numa viagem ao passado, Pinto Luz lembrou que “são milhares e milhares de pessoas que enchem esta Baía, onde todos são iguais, para festejar a vida, o sol”, fatores que, desde 1965, fazem das festas de cascais “as melhores a nível nacional”.
“Dar oportunidade aos da terra”
O único festival de verão com acesso totalmente gratuito, volta a ser o palco de apresentação de bandas “onde pelo menos um dos elementos é do concelho de Cascais”, destacou Bernardo Correa de Barros, presidente do Turismo Cascais. “Nos últimos 11 anos, 130 elementos que subiram ao palco eram de Cascais, 68% das bandas eram de Cascais”, recordou Correa de Barros, evocando os nomes de Carolina Deslandes, The Black Mamba ou HMB, bandas que “deram o salto” de Cascais para o país e para o mundo. Lembrando que organizar as festas do Mar só possível pelo esforço de equipa, pois “toda a Câmara trabalha para organizar as Festas do Mar em conjunto com as Associações locais de Pescadores”, Correa de Barros explicou que a escolha do cartaz “é sempre muito especial: as bandas que aqui estão têm de ter um álbum editado, para que depois a RFM possa agarrar e promover esses artistas a nível nacional”. O objetivo é simples: “dar oportunidade aos que são da terra”.
Cartaz
Agosto
25 | Diana Castro | VITOR KLEY
26 | Tiago Nacarato | THE BLACK MAMBA
27 | Beatriz Rosário | OS QUATRO E MEIA
28 | Carolina de Deus | RESISTÊNCIA
Procissão em Honra de Nossa Senhora dos Navegantes
Setembro
1 | Duque Província | D.A.M.A
2 | Filipa Vieira | CUCA ROSETA
3 | Luís Sequeira | AGIR & FRIENDS
4 | Luiz Caracol | SINFÓNICA DE CASCAIS toca TOP RFM