Volta ao Alentejo Crédito Agrícola celebra 40 anos na edição de 2023

A edição de 2023 da Volta ao Alentejo Crédito Agrícola será a mais longa dos últimos anos, percorrendo 840 quilómetros em cinco dias

Volta ao Alentejo 2023
Volta ao Alentejo Crédito Agrícola celebra 40 anos na edição de 2023 - ®DR

Já é uma tradição a primavera portuguesa começar com a Volta ao Alentejo em bicicleta. Trata-se do mais importante evento desportivo realizado na região e uma das principais provas de ciclismo em Portugal. Com a edição de 2023 comemoram-se 40 anos de “Alentejana” (Volta ao Alentejo) que serão relembrados numa exposição fotográfica que acompanhará alguns inícios e finais de etapa. A montra contempla muitos dos vencedores desde 1983 e diversas personalidades que ao longo dos anos corporizaram o espírito tão peculiar da prova.

Edição Comemorativa decorre entre 22 e 26 de março

A prova da CIMAC – Comunidade do Alentejo Central, organizada pela Po- dium Events sob égide da Federação Portuguesa de Ciclismo tem o reconhecido apoio da marca Crédito Agrícola e acontece já de 22 a 26 de março com partida em Beja.

Esta será a edição mais longa dos últimos anos. Nos cinco dias de competição serão percorridos 840 quilómetros nas diversas latitudes da grande região alentejana a terminar, como também já é hábito, no centro histórico de Évora, Património da Humanidade.

PARTIDAS E CHEGADAS

A edição de 2023 da Volta ao Alentejo Crédito Agrícola parte de Beja na quarta-feira, 22 de março. A competição sai da capital do Baixo Alentejo em direção a Ourique cumprindo os primeiros 168,8 quilómetros.

Na segunda etapa sensivelmente com o mesmo número de quilómetros (170,8) será feito o percurso entre Castro Verde e Grândola.

O terceiro dia está reservado para o Alen-tejo Central e para o maior trajeto da compe- tição este ano. São 191,4 quilómetros com partida de Vendas Novas e chegada a Estremoz.
O fim de semana começa já em pleno Alto Alentejo com a quarta etapa a sair do Crato para Castelo de Vide. Os 148,2 quilómetros que constituem a etapa mais curta serão os mais ondulados ao nível da orografia com quatro contagens de montanha onde se in- clui Cabeço do Mouro, Serra de São Mame- de, Marvão e, por fim, já perto da chegada, a Serra de São Paulo. Esta será a Etapa Rainha da Alentejana 2023.

Na derradeira tirada, 26 de março, correm-se 154,9 quilómetros com início em Monforte e chegada ao centro histórico de Évora onde a Praça do Giraldo vai aplaudir e consagrar como é habitual nos últimos anos, os vencedores das diversas classificações.

No ano passado a prova foi conquistada pelo venezuelano Orluis Aular (Caja Rural – Seguros RGA) que deverá tentar repetir o triunfo nesta edição.

ALENTEJANA FOI CASO RARO…

Entre 1983, quando decorreu a primeira edição, e 2016 ninguém conseguiu repetir triunfos na Volta ao Alentejo.

Ao longo de várias décadas, a prova teve tantos vencedores quantas as edições realizadas, o que foi caso único no panora- ma internacional das corridas de estrada por etapas. Finalmente em 2017, o espanhol Carlos Barbero que havia triunfado três anos antes quebrou a tradição e repetiu a vitória tornando-se, até aos dias de hoje, o único ciclista que ganhou duas vezes em terras alentejanas.

Depois de surgir na década de 80, a Alentejana rapidamente se impôs no calen- dário do ciclismo nacional e, ano após ano,
foi adquirindo relevância a nível internacional pelas diversas figuras do pelotão mundial que fez desfilar entre nós.

A estatística da prova relativamente ao número de vencedores leva a constantes comparações entre Portugal e Espanha. Nes- te particular apesar dos corredores portugueses serem mais vitoriosos com um total de 14 triunfos, “nuestros hermanos” estão bem perto com apenas menos um triunfo.

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