Com o triunfo no final da terceira etapa, o francês Cyril Barthe conquistou, em Estremoz, a nova Camisola Amarela Crédito Agrícola da edição 40 da Volta ao Alentejo. O corredor da equipa Burgos-BH passou a comandar a prova com sete segundos de vantagem sobre o anterior líder, Luke Lamperti (Trinity Racing).
Na longa reta que proporcionou um final de etapa muito rápido, Francisco Guerreiro (Efapel Cycling) terminou na segunda posição e Orluis Aular (Caja Rural-Seguros RGA) foi terceiro.
Vendas Novas deu início à etapa mais longa
A terceira etapa da volta alentejana, o principal evento desportivo que se realiza na região, começou na “Capital das Bifanas”. Na concentração matinal, junto ao quartel de Artilharia 5, o município presenteou a caravana com a especialidade que mais fama dá a Vendas Novas. Com o estomago aconchegado seria mais fácil enfrentar os 191, 4 quilómetros até Estremoz. Por razões obvias ligadas à competição, os protagonistas da prova, os ciclistas, não puderam saborear os finos bifes de porco com sabor a alho. Ficará para outra ocasião.
Era tempo de pedalar. O pelotão não permitiu a formação de qualquer fuga nos primeiros quilómetros, apesar de muitas tentativas. O embate entre Rafael Reis ( Glassfdrive/Q8/Anicolor) e André Ramalho (Credibom/La Alumínios/ Marcos Car) na Serra de Monfurado, pelos pontos da montanha, foi um dos momentos quentes com vantagem para o atual “Rei dos Trepadores”, Rafael Reis.
Com cerca de 50 quilómetros percorridos, o pelotão permitiu que o francês Clément Alleno (Burgos-BH) tentasse a sorte. Atrás dele, pouco depois, seguiram o companheiro de equipa, Miguel Fernández, e Carlos Alvarez (JVPerfis Windmob). A frente de corrida com este trio teria vida longa chegando a ter 5m25s de vantagem.
O primeiro elemento a abdicar deste grupo foi o colombiano Carlos Alvarez a faltarem 50 quilómetros para o fim ficando os homens da Burgos-BH com todo o protagonismo. Mais à frente também Miguel Fernández ficaria para trás e deixando isolado o companheiro.
Na Serra d´Ossa, a menos de 20 quilómetros de Estremoz, o francês Alleno ainda passou na frente, mas apenas com 50 segundos. Estava eminente o fim de uma longa fuga e de uma extensa etapa. A seis quilómetros do fim o pelotão já rodava compacto. Nos últimos mil metros, Francisco Guerreiro (Efapel Cycling) tentou surpreender o grupo, mas reagiu de imediato Cyril Barthe (Burgos-BH) que seria mais forte. Os dois conseguiram uma ligeiríssima diferença para a frente do pelotão na linha de meta, ainda assim todo o grupo foi cronometrado com o tempo do vencedor e novo líder.
Na véspera de uma etapa de muita montanha e que pode definir o homem que vai ganhar a 40ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola, Cyril Barthe passou a envergar a Camisola Amarela Crédito Agrícola. As diferenças de tempo entre os primeiros classificados são muito curtas e está tudo em aberto a aguardar a Etapa Rainha deste sábado. Além de comandar a prova, o francês tem também a Camisola Verde Delta Cafés (pontos). Rafael Reis permanece líder da Camisola Azul Correio da Manhã (montanha). Ao norte americano Luke Lamperti que perdeu a liderança em Estremoz resta-lhe o consolo de ser líder entre os Sub23, Camisola Branca Turismo do Alentejo (juventude). A equipa vencedora da etapa, Burgos-BH, permanece líder por equipas.
Sábado de Montanha
Este sábado, a “Alentejana” irá enfrentar uma etapa considerada Rainha pelas muitas contagens de montanha que vai ter entre Crato e Castelo de Vide.
A quilometragem é curta,148,2 quilómetros, compensada pelas dificuldades das subidas no Cabeço do Mouro (82,2 km), Serra de São Mamede (90,2 km), Porto da Espada (99,4 km), Marvão (108,2 KM) e Serra de São Paulo (128,8km). As Metas Volantes assinalam-se em Gáfete (42,3 km), Portalegre (79 km) e Castelo de Vide (126,5 km).