Lisboa volta a cantar e a dançar ao som das Marchas Populares que vêm de novo dar cor e brilho à Meo Arena . Ao público, os marchantes mostram as singularidades dos seus bairros nas exibições que decorrem, na Meo Arena, e só depois, no dia 12, é que desfilam na Avenida da Liberdade, reinventando uma vez mais a tradição que foi ganhando fama ao longo dos anos.
Este sábado, 1 de junho, apresentaram-se na Meo Arena, as marchas dos Mercados, Lumiar, Bairro Alto, Belém, Bela Flor-Campolide, Santa Engrácia, Bairro da Boavista, e Graça.
Hoje domingo, terceiro e último dia, terão lugar as exibições das marchas da Santa Casa, Olivais, Bica, Carnide, Mouraria, São Vicente e Madragoa.
Na noite de 12 para 13 de junho, a Avenida da Liberdade, recebe o desfile das Marchas Populares de Lisboa, que, em 2024, tem a participação da Dança do Dragão, organizada pela Associação Geral Desportiva de Macau Lo Leong (grupo convidado), que pretende comemorar o 25.º Aniversário do Estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau.
Relatam os escritos antigos que nos bairros de Lisboa, os arcos alegóricos e as danças por alturas do Santo António eram costume intemporal quando, em 1932, o periódico Notícias Ilustrado, por iniciativa do seu diretor José Leitão de Barros, decidiu organizar no Parque Mayer o primeiro desfile das coletividades, evento na génese do atual concurso das marchas populares de Lisboa.
Se, no início, foi o folclore e as raízes rurais de parte da população lisboeta a marcar o tom da iniciativa, com o passar dos anos, pelo forte envolvimento das autoridades administrativas, sobretudo as autárquicas, as marchas afirmaram-se no imaginário popular urbano, promovendo entre os bairros uma competição criativa, artística e, quase sempre, bastante salutar.
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