“Mínimos Olímpicos”, a obra, que nasceu de um desafio lançado pela Comissão de Atletas Olímpicos (CAO) e pela Academia Olímpica de Portugal (AOP), retrata diversas modalidades e disciplinas olímpicas com o toque de humor que caracteriza o cartoonista Luís Afonso.
Luís Afonso, que nos habituou a olhar a vida e o dia a dia pelo risco certeiro e impiedoso de um lápis, sempre atento aos pormenores dos acontecimentos do desporto, da cultura e da sociedade, nesta obra, sem deixar de destacar os valores associados ao Olimpismo (Excelência, Amizade e Respeito), faz uma abordagem singular aos Jogos Olímpicos, leva-nos a refletir e a rir, ironizando a partir de episódios onde as peripécias desportivas são uma constante.
A introduzir a apresentação, José Manuel Araújo, secretário-geral do COP, parabenizou o autor: “Quando falamos dos seus trabalhos, toda a gente reconhece imediatamente. Esta obra estende-se ao ecletismo e sentimos que é mais um estímulo para os nossos atletas atingirem os seus objetivos.”
Diana Gomes, presidente da CAO, recorreu à sua passagem nas linhas introdutórias da obra na sua intervenção: “Partindo da sugerida imagem do inseto com quatro mil fantásticas facetas em cada olho, Luís Afonso faz sempre a “simples” escolha do humor. Desta feita, no domínio do Olimpismo. Qual lufada de ar fresco, bem-faz situações tão previsíveis quanto inusitadas, uma pausa de descontração na caminhada comprometida de qualquer atleta até à meta.”
Convidado a apresentar a obra, Vítor Serpa deixou elogios: “É um livro que diz imenso, mas que não tem uma única palavra. Ajuda a relativizar as emoções e a colocar o desporto no local que merece. Remete o desporto para a festa. É difícil definir o valor de um livro, mas neste livro cada página tem o valor de um sorriso.”
A fechar a apresentação, Luís Afonso, revelou que a inspiração para os ‘Mínimos Olímpicos’, partiu de uma vontade muito grande de homenagear uma prima. “Foi uma dedicatória a uma prima minha, que morreu há 25 anos e que foi recordista nacional dos 200, 400, 4×100 e 4×400 metros, que era a Conceição Vilhena, que bateu por sete vezes o recorde nacional”.
Para Luís Afonso o maior desafio foi o facto de “contar as histórias sem palavras”, uma vez que a obra não contém uma única legenda junto das várias ilustrações.
O autor, agradeceu a todos os envolvidos no processo de “quase um ano” da criação da obra, contando as dificuldades que passou para caracterizar as várias modalidades que o levaram a aprofundar o seu conhecimento olímpico.
Com linhas de partida pelo presidente do COP, José Manuel Constantino, da CAO, Diana Gomes, e da AOP, Tiago Viegas, o livro conta ainda com participações dos atletas João Silva (Triatlo), Diogo Abreu (Ginástica), Cátia Azevedo (Atletismo), Maria Caetano (Equestre), Angélica André (Natação), Pedro Fraga (Remo), Catarina Costa (Judo), Nelson Oliveira (Ciclismo), Marta Onofre (Atletismo), Fernando Pimenta (Canoagem), Patrícia Mamona (Atletismo), José Costa (Vela), João Paulo Azevedo (Tiro com Armas de Caça), Joaquim Videira (Esgrima), Marcos Freitas (Ténis de Mesa) e Liliana Cá (Atletismo).
Sobre Luís Afonso
Luís Afonso (Aljustrel, 1965) tem formação académica em Geografia e é cartoonista desde 1985. Tem rubricas diárias no Público (Bartoon), A Bola (Barba e Cabelo), Jornal de Negócios (SA) e RTP (A Mosca).
É autor de Bartoon (1996), Selecção (1996), Bartoon 2 (1998), Bartoon 3 (2000), editados pela Contexto; Bartoon 10 anos (2003), Futebol por Linhas Tortas (2004) e Sociedade Recreativa (2005), editados pelas Publicações D. Quixote; Bartoon 25 (2018), editado pela Arranha-Céus. Em 2012, estreou-se na ficção com O Comboio das Cinco, a que se seguiu O Quadro da Mulher Sentada a Olhar Para o Ar Com Cara de Parva e outras histórias (2016) e A Morte de A a Z (2022), editados pela Abysmo, e O Chef (2022), editado pela Relógio D’Água. É também autor de uma curta-metragem, Everestalefe (2019).