Os incêndios que lavram desde domingo em Portugal continental, com especial incidência nas regiões Centro e Norte, já causaram sete mortes e pelo menos 40 feridos, atingindo algumas dezenas de imóveis e obrigando ao corte de estradas e até de autoestradas.
Os distritos mais fustigados pelos incêndios, continuam a ser o de Aveiro, o de Coimbra, o do Porto e o de Viseu, mas são mais de 100 os concelhos em risco máximo de incêndio. De acordo com o comandante nacional de emergência e Proteção Civil, André Fernandes, a atuação dos meios aéreos está a ser dificultada pela nuvem de fumo intensa, pelo que estes se mantêm em zonas estratégicas para auxiliar os bombeiros.
Os meios aéreos a operar em território luso, foram enviados por países europeus ao abrigo do mecanismo de proteção civil da União Europeia. Ao todo operam oito aviões, quatro oriundos de França, dois de Itália e outros dois de Espanha.
Também a operar em território nacional estão já os 220 operacionais espanhóis que chegaram durante a madrugada.
Se as condições meteorológicas determinam muitas vezes a intensidade da propagação dos incêndios, a maior parte das vezes é o homem, que por negligência ou por mão criminosa, o principal responsável.
O climatologista Mário Marques, refere que “Temos informação de que houve ignições em simultâneo num espaço de sete a oito quilómetros. Não foram projeções.”
A área ardida em Portugal Continental, desde domingo ultrapassa já os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que na região norte e centro, atingida pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 47.376 hectares.