
Esta segunda-feira, a Culturgest, em Lisboa, foi o cenário da cerimónia de entrega do prestigiado Prémio Pessoa 2024, ao compositor Luís Tinoco, que recebeu a distinção das mãos do Presidente da República.
Três meses após o anúncio, Luís Tinoco foi oficialmente agraciado com o prémio, marcando a terceira vez, em 38 edições, que a música é reconhecida, quebrando assim um hiato de 24 anos.
Luís Tinoco, um dos laureados mais jovens, junta-se a Maria João Pires e Emmanuel Nunes, a receber este galardão. Aos 55 anos, o prémio reconhece não só o seu legado como compositor, mas também o seu impacto no ensino.
O Prémio Pessoa tem como objetivo homenagear aqueles que desempenham um papel crucial na vida cultural e científica do país. O Presidente da República aproveitou a ocasião para anunciar a atribuição da Grã-Cruz da Ordem de Camões a Francisco Pinto Balsemão, fundador do Prémio Pessoa.
O Prémio Pessoa, no valor de 70 mil euros, distingue personalidades portuguesas com contributos notáveis para a cultura e a ciência. Criado por Francisco Pinto Balsemão em 1987, é uma iniciativa do semanário Expresso e da Caixa Geral de Depósitos. A designação do prémio inspira-se no nome de Fernando Pessoa, uma das figuras de maior irradiação cultural do século XX.
Durante a cerimónia, Marcelo Rebelo de Sousa destacou a importância de reconhecer aqueles “com visão, que souberam abrir caminhos, mudar mentalidades e compreender em momentos-chave o que podia e devia ser concebido e concretizado ao serviço da língua e cultura, especialmente no Portugal contemporâneo e democrático, nascido em abril de 1974”.
Num discurso na cerimónia de entrega do Prémio Pessoa 2024 a Luís Tinoco, Marcelo Rebelo de Sousa destacou que esta seria a sua última participação, enquanto chefe de Estado, nesta cerimónia, tendo em conta que, daqui a um ano, o seu sucessor já terá sido “eleito e empossado” após as presidenciais de janeiro. Por isso, “é mais do que justo que associe a este prémio, que é um símbolo único no Portugal cultural contemporâneo, o anúncio, com a entrega em breve das respetivas insígnias, a Francisco Pinto Balsemão, com a Grã-Cruz da Ordem de Camões”, frisou, na cerimónia em que Balsemão não marcou presença.
Através desta condecoração, Marcelo Rebelo de Sousa quis homenagear aqueles “com visão, que souberam abrir caminhos, mudar mentalidades e compreender em momentos-chave o que podia e devia ser concebido e concretizado ao serviço da língua e cultura, especialmente no Portugal contemporâneo e democrático, nascido em abril de 1974”.
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