Luís Tinoco foi distinguido com o Prémio Pessoa 2024, uma iniciativa promovida pelo EXPRESSO em parceria com a Caixa Geral de Depósitos. Este prémio, que tem como objetivo celebrar o contributo de portugueses com impacto significativo na cultura e na ciência do país, teve o seu valor atualizado este ano, passando de 60 mil para 70 mil euros.
O júri, reunido em Seteais e composto por Francisco Pedro Balsemão (Presidente), Paulo Moita Macedo (Vice-Presidente), Ana Pinho, António Barreto, Clara Ferreira Alves, Diogo Lucena, Emílio Rui Vilar, José Luís Porfírio, Maria Manuel Mota, Pedro Norton, Rui Magalhães Baião, Rui Vieira Nery e Viriato Soromenho-Marques, destacou Luís Tinoco como o vencedor desta edição do Prémio Pessoa, conforme registrado na ata oficial.
Compositor de renome, Luís Tinoco possui uma sólida formação académica: é licenciado pela Escola Superior de Música de Lisboa, mestre pela Royal Academy of Music e doutor em Composição pela Universidade de York.É autor de uma vasta obra que se distribui pela ópera e música teatral, pelo repertório de câmara e sinfónico e pelo bailado. As suas composições têm sido interpretadas tanto por orquestras nacionais de prestígio – como a Sinfónica Portuguesa, a Gulbenkian e a Metropolitana – quanto por ensembles e orquestras internacionais de destaque, como a Orquestra Filarmónica de Londres, a Orquestra Sinfónica de Seattle e o Quarteto Arditti.
Entre as criações recentes de maior relevo, destacam-se “Canções do Sonhador Solitário”, “Before Spring”, “Frisland”, “O Sotaque Azul das Águas”, “Concerto para Violoncelo”, “Alepo” e “Dreaming of the Unseen”. Em 2024, estrearam-se “Out of Order”, para dois pianos, e o “Concerto nº 2 para Violoncelo e Orquestra”. Suas composições combinam rigor técnico com uma expressividade que busca criar uma forte ligação emocional com o público.
Além da sua produção artística, Tinoco tem uma atuação pedagógica significativa como professor na Escola Superior de Música de Lisboa e em oficinas intensivas realizadas tanto em Portugal quanto no exterior. Como Diretor Artístico do Prémio Jovens Músicos da RDP, tem desempenhado um papel crucial no incentivo às novas gerações de músicos formados nas escolas de música do país. Paralelamente, lidera iniciativas de alcance comunitário que visam democratizar o acesso à música erudita, reforçando a sua importância como figura central no cenário cultural português.