
Os The Black Mamba celebram 15 anos de carreira com a apresentação de Lost in London, um projeto que une um álbum gravado nos míticos estúdios Abbey Road e um documentário homónimo. A estreia decorreu nos cinemas NOS do Centro Vasco da Gama, em Lisboa, num ambiente de festa e cumplicidade entre músicos, amigos e figuras do panorama musical português.
Gravar em Abbey Road foi, segundo Tatanka, vocalista da banda, “quase um acaso feliz”.
“A gravação aconteceu graças a um contacto que surgiu de repente, e em poucos dias estávamos lá. Este projeto já tinha sido adiado várias vezes, mas de um dia para o outro tornou-se realidade”, recorda o músico.
O álbum revisita temas dos quatro discos anteriores dos The Black Mamba, agora com novas roupagens e arranjos que refletem a maturidade artística do grupo. Cada canção foi repensada com a liberdade de quem olha para trás com orgulho, mas também com curiosidade pelo que ainda está por vir.
O documentário, filmado ao longo de dois dias intensos em Londres e complementado com entrevistas e uma mesa-redonda no Palácio de Monserrate, em Sintra, convida o público a entrar na intimidade criativa da banda. “Este trabalho é, acima de tudo, sobre nós, sobre quem somos”, afirma Tatanka. “É inevitavelmente parcial, mas é verdadeiro.”
Entre bastidores, improvisos e conversas, Lost in London mostra os The Black Mamba num registo cru e emocional. A câmara acompanha o processo sem filtros, revelando a energia que os une e a amizade que sustenta o projeto. “Quando sentimos esta vontade de estar juntos e de procurar algo maior, isso ocupa-nos a cabeça”, diz Tatanka, sintetizando o espírito do grupo.
Com a sua mistura inconfundível de funk, blues e soul, os The Black Mamba — Tatanka (voz e guitarra), Miguel Casais (bateria), Marco Pombinho (teclas), Gui Salgueiro (teclas), Rui Pedro “Pity” (baixo) e Xico Fernandes (percussão) — voltam a provar que o essencial da sua música está na partilha e na emoção.
Lost in London é um retrato fiel dessa energia — uma memória em movimento, gravada entre o peso da história de Abbey Road e a leveza de quem continua a fazer música pelo simples prazer de a viver.





















