Mário Laginha e Augusto Canário dão música e letra a lenda que conta uma visita do Diabo a Ponte de Lima

Este domingo, dia 28 de abril, o "Diabo" vai andar à solta em Ponte de Lima. E Mário Laginha e Augusto Canário têm culpa no cartório.

Ponte de Lima
Mário Laginha e Augusto Canário dão música e letra a visita do Diabo - ®DR

 

Em causa está um concerto que vai decorrer na Igreja da Ordem Terceira de S. Francisco, às 16h, no qual se vai estrear uma das obras encomendadas pelo projeto Sente a História inspirada na mitologia do Alto Minho. Trata-se da Canção da Lenda das Unhas do Diabo, cuja música foi composta por aquele pianista e compositor e a letra é da autoria do referido cantor repentista, que conta a história do dia em que o Diabo foi em pessoa resgatar um escrivão de Ponte de Lima de um convento, que era odiado pelo povo e acabara de morrer. O tema será interpretado pelo Coral Polifónico de Viana do Castelo e pelo Orfeão de Vila Praia de Âncora.

A iniciativa acontece no âmbito do projeto Sente a História, que está a realizar 30 concertos em 30 locais históricos do Alto Minho, envolvendo mais de 1500 músicos e 10 municípios. Este é já o vigésimo terceiro do concerto da iniciativa, que tem como objetivo surpreender o público com novas abordagens e novos talentos.

Cada grupo vai interpretar a solo quatro temas e em conjunto cinco, sendo que um deles será, precisamente, a Canção da Lenda das Unhas do Diabo.

Logo a seguir ao concerto, pelas 17h, realizar-se-á a visita guiada e animada ao Museu dos Terceiros que se encontra instalado em duas casas religiosas associadas à Ordem Franciscana: o extinto Convento de Santo António dos Capuchos e o edifício da Ordem Terceira de São Francisco.

E nesta visita o “Diabo” continuará a ser a figura de destaque. Isto porque no exterior do Museu, mais precisamente no Convento de Santo António dos Capuchos, local onde, segundo a lenda local, o “Diabo” foi resgatar o seu escrivão, existe uma laje em pedra com a marca de uma mão que o povo diz ser do próprio Belzebu.

Assim, e em jeito de brincadeira, as pessoas presentes no concerto e na visita guiada terão a possibilidade de colocar a mão na marca da pedra e … se ficar larga ou apertada, tudo bem… se a marca corresponder a alguns visitantes, então são “diabos” ou “diabas”!

O concerto e a visita têm entrada gratuita.

 

Evento: “Sente a História: Ação Promocional de Música e Património – Novas Abordagens, Novos Talentos”

Tipologia: Concerto do Coral Polifónico de Viana do Castelo e Orfeão de Vila Praia de Âncora

Data: 28 de abril

Hora: 16h

Local: Igreja da Ordem Terceira de S. Francisco – Ponte de Lima

Preço: Entrada gratuita e não sujeita a inscrição

 

Evento: “Sente a História: Ação Promocional de Música e Património – Novas Abordagens, Novos Talentos”

Tipologia: Visita guiada e animada ao Museu dos Terceiros

Data: 28 de abril

Hora: 17h

Local: Ponte de Lima

Preço: Entrada gratuita e não sujeita a inscrição

 

 

Sobre o Coral Polifónico de Viana do Castelo

O Coral Polifónico de Viana do Castelo foi criado em 22 de novembro de 1966 e teve a sua primeira atuação em 15 de julho de 1967, no Teatro Sá de Miranda, sob a regência do Padre Dulcínio de Vasconcelos. Fruto de alguma carolice, da persistência e do trabalho, o Coral Polifónico conseguiu, em novembro de 2016, comemorar os 50 anos de atividade coral. Uma vida já longa, que podemos dizer rica em história, experiência, dedicação e envolvimento cultural.

O Coral Polifónico de Viana do Castelo tem sido um digno arauto da cidade em certames, encontros e festivais nacionais e internacionais, com destaque para as deslocações a Espanha, República Checa e Itália.

Ganhou um primeiro prémio, na Galiza, em 2001 e em novembro de 2008, em Praga, em grande certame, mereceu a honrosa distinção “Hotel Top”.

Recebeu igualmente um galardão em Itália.

Tem mantido ligação estreita com instituições culturais e recreativas, bem como com a Câmara Municipal de Viana do Castelo, envolvendo-se regularmente em iniciativas culturais localmente promovidas.

Em 20 de janeiro de 2004, aquando da comemoração do 156º aniversário da elevação de Viana da Foz do Lima a cidade, a Câmara Municipal de Viana do Castelo deliberou, por unanimidade, atribuir-lhe o título de” Instituição de Mérito”.

Quatro anos adiante, em 28 de julho de 2008, o Coral viu publicado no Diário da República a Declaração de Utilidade Pública, com reconhecimento inequívoco do seu valor.

Graças a uma oferta muito generosa de um casal de coralistas, Sr. Fernando Carvalho, já falecido, e sua esposa, Dr.ª Lúcia Carvalho, o Coral Polifónico de Viana do Castelo é detentor, desde dezembro de 2001, de sede própria, na Rua Nova de S. Bento, nº 13, num prédio totalmente reedificado e construído com condições adequadas ao funcionamento da instituição.

Com uma atividade cultural significativa, o coral pretende renovar e desenvolver os projetos existentes, e com a ajuda de todos os que estiverem disponíveis, construir novas valências e atividades que valorizem a comunidade vianense. Atualmente é dirigido pelo Maestro António Araújo.

 

Sobre o Maestro António Araújo

António Araújo nasceu na região de Viana do Castelo, onde desenvolve a sua atividade profissional. Desde a década de 70 que se dedica à atividade coral.

Concluiu o Curso Superior de Canto e possui o Diploma de Estudos Superiores Especializados em Educação Musical. Dedicou vários anos à formação de professores e ao estudo da pedagogia musical; foi diretor pedagógico e atualmente é professor de Educação Musical no ensino oficial. Trabalhou música coral e Canto Gregoriano com Fernando Lopes-Graça, Mário Mateus e Manuel Faria.

O canto, a voz e a formação vocal são temas sempre presentes na sua atividade profissional, bem como, na sua formação e investigação a nível pessoal.

 

Sobre o Orfeão de Vila Praia de Âncora

O Orfeão de Vila Praia de Âncora foi fundado em 1958. Alargando a sua atividade em diversos campos, mantém em atividade o seu grupo coral a quatro vozes mistas, um grupo de teatro e um grupo de danças e cantares regionais.

Foi o organizador do I Encontro de Coros do Norte de Portugal, em 1971; participou, em 1999 e em 2001 nos 45º e 47º Certamen Internacional de Habaneras Y Poliphonia de Torrevieja, Espanha e em Avilés (Astúrias) em Encontros de Habaneras.

O Orfeão de Vila Praia de Âncora tem protocolo de geminação com o “Coro e Orquestra Salinas de Torrevieja”, Espanha, e com o coro “Schola Cantorum Coralina”, de La Habana, Cuba.

Organiza, em alternância com um coro espanhol de A Guarda, um Festival de Canções Marinheiras.

O Grupo Coral tem colaborado regularmente com a Orquestra do Norte, tendo apresentado por diversas vezes, com aquela Orquestra, a cantata Carmina Burana, de Carl Orff, o Stabat Mater, de Rossini, Coros de Óperas de Verdi, a Missa de Requiem, de Mozart, além de um programa de Zarzuelas, já apresentado em Leiria e Vila Praia de Âncora (com a Orquestra do Norte) e Santiago de Compostela (este último, com a Banda Municipal de Santiago de Compostela, por ocasião dos 170 anos da Banda).

É seu Diretor Artístico, desde 1984, Francisco Presa.

 

Sobre o Diretor Artístico Francisco Emílio Fontainha Pesa

Nascido em 1948 e natural de Afife, Viana do Castelo.

Começou os seus estudos musicais ainda novo, com solfejo, piano e acordeão com os Prof. Emília Fernandes Fão e José Joaquim Lomba.

Estudou canto com a Profª. Estela da Cunha.

Frequentou vários cursos de direção coral, entre os anos de 1983-1986, organizados pelo Orfeão de Águeda, o primeiro, e pelo Choral Phydelius, de Torres Novas, os seguintes, sob a orientação do maestro José Robert, da Academia dos Amadores de Música de Lisboa.

Integra o Orfeão de Vila Praia de Âncora desde 1966, sendo seu maestro desde 1984.