Museu Calouste Gulbenkian apresenta exposição dedicada à Idade de Ouro do Mobiliário francês

A elegância e a impecável técnica do mobiliário francês do século XVIII são objeto de uma exposição singular que desvenda os segredos desta arte admirável que apaixonou Calouste Gulbenkian. A partir de 6 de março no Museu Calouste Gulbenkian.

Museu Calouste Gulbenkian apresenta exposição dedicada à Idade de Ouro do Mobiliário francês
Museu Calouste Gulbenkian apresenta exposição dedicada à Idade de Ouro do Mobiliário francês - ®DR

 

Esta exposição junta peças emblemáticas do Museu Calouste Gulbenkian a outras vindas de importantes instituições internacionais e nacionais. Todas elas constituem fascinantes exemplos da Idade de Ouro do Mobiliário francês, exibindo uma qualidade técnica e artística sem precedentes, bem visível nas peças folheadas e marchetadas com madeiras exóticas, tais como pau-cetim, ébano e buxo , entre outras; nos bronzes cinzelados e dourados e nos mármores ou nas placas de porcelana de Sèvres.

Produzidas entre o final do reinado de Luís XIV e a Revolução Francesa, num contexto de estabilidade política e prosperidade económica, as peças destinavam-se a uma elite sofisticada, que procurava o luxo e o conforto aliados à beleza. Neste período, os custos da decoração de uma casa de luxo na cidade chegavam a ser superiores aos da sua construção.

A vinda para Paris de ebanistas estrangeiros, com elevados conhecimentos técnicos, e a chegada de novas madeiras, provenientes das viagens marítimas, contribuíram também para um desenvolvimento extraordinário desta arte. As corporações de artesãos tiveram, igualmente, um papel fundamental nesta dinâmica, garantindo a excelência da produção e favorecendo o surgimento de verdadeiras dinastias de mestres marceneiros como os Boulles, os Migeons, os Van Risenburghs ou os Mondons, entre outros.

Grande apreciador destas peças de artes decorativas, Calouste Gulbenkian adquiriu vários exemplos diversificados, produzidos com técnicas distintas, conseguindo um conjunto extraordinariamente representativo do que de melhor se produziu neste período. Entre as obras-primas incluídas na sua coleção destacam-se a secretária de cilindro, de Jean-Henri Riesener, a mesa secretária, de senhora de Martin Carlin, e a cómoda de Charles Cressent.

Realizada em parceria com a Fundação Ricardo Espírito Santo Silva e com curadoria de Clara Serra, conservadora do mobiliário e dos têxteis do Museu Calouste Gulbenkian, a exposição vai lançar luz sobre a produção deste mobiliário de luxo e  o contexto em que foi criado, destacando as várias fases de execução, desde a matéria-prima – a madeira –  até ao móvel delicado e exuberante.

A idade de ouro do mobiliário francês. da oficina ao palácio

Museu Calouste Gulbenkian

Galeria do Piso Inferior – Coleção do Fundador

Curadoria: Clara Serra

6 março – 1 junho 2020

Quarta a segunda 10h-18h

Fecha à terça