Aldeias do Centro de Portugal recebem visita da Ministra da Agricultura na celebração do dia Mundial do turismo

A Ministra da Agricultura a convite do Turismo Centro, visitou hoje, três aldeias do Centro de Portugal, inseridas nos projetos de Aldeias de Montanha, Aldeias Históricas de Portugal e Aldeias do Xisto.

aldeias do Centro e ministra
Aldeias do Centro de Portugal recebem visita da Ministra da Agricultura na celebração do dia Mundial do turismo - ©Armando Saldanha (Aldrabiscas)

Antecipando a celebração do Dia Mundial do Turismo, que se celebra amanhã 27 de setembro e cujo tema deste ano, tem como objetivo, celebrar a capacidade única do turismo em fomentar o desenvolvimento económico e gerar oportunidades fora dos grandes meios, em especial nas comunidades rurais, a Turismo Centro de Portugal, convidou Maria do Céu Antunes, Ministra da Agricultura a observar “in loco”, em aldeias do Centro,  a importância da simbiose entre o setor primário e o turismo para o desenvolvimento dos territórios.

A manhã começou na Aldeia de Montanha de Lapa dos Dinheiros, conselho de Seia, onde na Casa das Lapas, foi servido um pequeno-almoço regional, seguido de uma pequena conferencia de imprensa, com intervenções da Ministra da Agricultura, do presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, e dos coordenadores das Aldeias de Montanha, Aldeias Históricas de Portugal e Aldeias do Xisto, respetivamente Célia Gonçalves, Dalila Dias e Rui Simão.

Na sua intervenção, a ministra destacou a ligação cada vez mais estreita entre o setor primário – a agricultura – e o turismo, dando como exemplo as redes das Aldeias de Montanha, do Xisto ou Históricas de Portugal. “Este território não ficou à espera de que as coisas acontecessem” e avançou com projetos que “envolvem as comunidades locais das aldeias” e que se situam “maioritariamente no interior”.

Casa das Lapas
Conferência de imprensa na Aldeia de Montanha de Lapa dos Dinheiros, conselho de Seia – ©Armando Saldanha (Aldrabiscas)

Pedro Machado, por sua vez, frisou que o surto pandémico que se abateu  sobre nós, apesar de ter “fechado portas, nomeadamente as aeroportuárias de mercados decisivos para o Centro de Portugal, como o Brasil, Alemanha, França, abriu algumas janelas”, recordando  que “Muitos portugueses redescobriram o seu próprio país e não só tiveram boas surpresas, como acredito que vão voltar em 2021 e em 2022 e, mais do que isso, vão recomendar aos amigos e colegas de trabalho, mas também nas redes sociais onde vão instagramar muito daquilo que puderam observar e, seguramente, essa janela de oportunidade vai servir para reforçar estes três projetos que aqui falámos hoje”.

Célia Gonçalves, coordenadora das Aldeias de Montanha, realçou igualmente a forte ligação entre o mundo rural e a atividade turística, exemplificando com o que se passa na rede que coordena. “A autenticidade das aldeias está presente nas experiências turísticas que estes territórios proporcionam a quem os visita. A atividade turística está cada vez mais próxima das comunidades locais”.

Rui Simão, apresentou as principais características intrínsecas das Aldeias do Xisto, nomeadamente a “paisagem, que é o primeiro anfitrião do turista” e deu a conhecer os principais objetivos da rede, como “desenvolver bens e serviços que sejam significantes para os lugares e para os habitantes”. Como exemplo, referiu a plataforma Book in Xisto, que permite a reserva online de alojamento e experiências nas várias Aldeias do Xisto.

Já Dalila Dias, coordenadora das Aldeias Históricas de Portugal realçou que as três redes são “uma importante mais-valia para a região Centro”, destacando a dualidade sempre presente entre o espaço rural e a dimensão turística. “As 12 Aldeias Históricas de Portugal têm tirado partido desta ligação. São 12 aldeias com monumentos nacionais, com um lado patrimonial que é fundamental preservar”, mas que se complementam com experiências diversificadas, exemplificando com “a maior rota de walking e cycling do país”, entre outras propostas. “Os recursos já estão cá, vamos dar-lhes uma nova vida”, concluiu.

Seguiu-se uma deslocação à Praia Fluvial da Aldeia de Montanha de Loriga e uma visita à Abicarnes, uma pequena empresa familiar que se dedica ao comércio de cabritos, borregos e cordeiros, criados nas pastagens da Aldeia de Montanha de Valezim.

O roteiro terminou com uma visita à Aldeia Histórica de Linhares da Beira em Celorico da Beira.

A deslocação foi acompanhada pelo presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, e por Célia Gonçalves, Dalila Dias e Rui Simão, assim como por autarcas e outras individualidades da região.

 

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