Classic GP fez sonhar no Autódromo do Estoril

Monolugares históricos de nomes como Graham Hill ou Keke Rosberg marcaram presença na Classic GP no Autódromo do Estoril

Classic GP no Autódromo do Estoril
Classic GP fez sonhar no Autódromo do Estoril - ©Bruno Taveira

Os apaixonantes monolugares de Fórmula 1 que marcaram a história da modalidade ao longo de várias gerações, centraram atenções no Classic GP no Autódromo do Estoril. Modelo históricos, pilotados outrora por grandes campeões, como Graham Hill ou Keke Rosberg, ou entusiastas como Didier Pironi, Jacky Ikx ou Carlos Reutemann, mostraram no Autódromo do Estoril que o tempo não passa por eles. Com decorações emblemáticas da época, potentes motores com mais de 500cv e uma sonoridade invejável, são máquinas que continuam a marcar e a fazer vibrar os apaixonados adeptos do desporto automóvel.
 
Numa grelha preenchida com modelos distintos, como o Brabham BT37, Williams FW08C, Surtees TS9, March 811 ou Ligier JS11/15-04, e de diferentes anos – 1971 a 1983 -, a emoção dos Classic GP (Pre-1986) estava garantida.
 
Depois da fantástica corrida com que ontem brindaram os muitos fãs que acompanharam a transmissão integral da corrida por Live Stream e que viram o Hesketh 308E do britânico Michael Lyons cruzar a linha de meta em primeiro lugar, hoje a pulsação voltou a subir, com a decisiva corrida do fim de semana da Classic GP no Autódromo do Estoril.
 
Ao sinal verde os belíssimos monolugares deram início a uma corrida espetacular. Partindo da frente, Michael Lyons impôs um andamento forte desde início, permitindo ao seu Hesketh 308E, um modelo que conheceu maior sucesso a competir no Reino Unido, ganhar alguma vantagem. No segundo posto, Steve Brooks colocava um dos modelos que saiu da pena de Colin Chapman, o seu Lotus 81/1.
 
Mas foi a luta pelo terceiro lugar que mais atenções centrou, com uma disputa entre o Brabham BT37 de Jamie Constable e o Williams FW08C de Mark Hazell,
numa réplica do grande duelo protagonizado pelos mesmos pilotos no sábado. Modelos de potências e características diferentes que seguiram colados durante grande parte da prova, levando ao limite as mecânicas dos seus carros e fazendo recordar as épocas em que militavam no Campeonato do Mundo de Fórmula 1.
 
Uma batalha de tirar o fôlego que foi interrompida por uma ligeira saída de pista do britânico Jamie Constable, piloto que trouxe até Portugal o Brabham BT37 com que Carlos Reutemann se estreou na Fórmula 1.
 
Com vários monolugares históricos em pista, como o Surtees TS16/2 que outrora foi pilotado por José Carlos Pace e Derek Bell, nos anos 70, o Embassy Hill Lola T370 utilizado também na década de setenta pela equipa de Graham Hill, ou o Trojan T103, único exemplar existente com que o Tim Schenten disputou oito Grandes Prémios no mundial de F1 de 1974, reviveram-se grandes tempos da competição automóvel.
 
Uma corrida que viu Michael Lyons ser, pela segunda vez este fim de semana, o primeiro a cortar a meta, carimbando a segunda vitória na classe A no Estoril Classics 2020. Uma excelente prestação do piloto ao volante do seu Hesketh 308E de 1976. No segundo lugar, Steve Brooks também repetiu o triunfo de ontem na classe B com o seu Lotus 81/1. O terceiro mais rápido em pista, e segundo da classe B, foi o Williams FW08C de Mark Hazell, num top três totalmente britânico.
 
No quarto lugar concluiu a corrida o Surtees TS16/2 do belga Marc Devis, segundo da classe A, com o Ligier JS11/15-04 de Mr. John of B a ser quinto da geral e terceiro da classe B. Jamie Constable cruzou a meta em quarto, mas foi penalizado por posição irregular na grelha de partida e desceu para sexto, fechando a corrida com o terceiro lugar na classe A ao volante do seu Brabham BT37.
 
Com um March 811, que alinhou na Formula 1 em 1981, o francês Vincent Rivet terminou em sétimo, seguido do Trojan T103 do compatriota Philippe Bonny. O top 10 foi fechado por dois britânicos, com o Embassy Hill Lola T370 de Martin O’Connell, que partiu de trás e fez uma boa recuperação até ser afetado por problemas mecânicos que o obrigaram a parar, a ficar na frente do Surtees TS9 de Judith Lyons.
 
O Estoril Classics 2020 foi um fim de semana em que os fantásticos Fórmula 1 das décadas de 70 e 80 regressaram ao Circuito do Estoril para deleite de todos os que assistiram em direto ao Live Stream das corridas e às entrevistas com os principais protagonistas.
 
Um evento que deixa Diogo Ferrão, responsável da Race Ready, muito satisfeito: “Conseguir trazer estes fantásticos carros e pilotos ao nosso país, num ano difícil para todos, é um vitória. Foi um enorme desafio, mas o balanço é extremamente positivo. Tivemos excelentes corridas e demos a possibilidade ao público de assistir à distância. Foi uma iniciativa de muito sucesso e que esperamos repetir. Um evento que decorreu com total segurança, e que fez novamente pilotos, equipas e adeptos viver o fantástico espírito da competição. Foi fantástico e, face ao contexto atual, não podíamos pedir mais. Para o ano sem pandemia e com publico…. Ainda será melhor!”
 
A Classic GP no Autódromo do Estoril está de regresso já no próximo ano e já com data marcada. Entre 8 e 10 de outubro, o Estoril Classics 2021 tem tudo para ser um sucesso ainda maior, com a esperada presença em massa dos adeptos e de um número ainda maior dos icónicos monolugares de Classic GP, que dão um colorido especial à nostalgia e fazem reviver os anos dourados da competição automóvel.

Conheça aqui os resultados.

 

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