Foi com surpresa que a guarnição do NRP D Carlos I recebeu a visita de uma ave da espécie alcatraz-pardo. “Entrou a bordo” a cerca de 80 Km a norte da Ilha de S. Miguel a um final de tarde e desembarcou no dia seguinte pela hora de almoço, a cerca de 10 Km a leste da Ilha terceira.
Esta espécie marinha habita, sobretudo, em ilhas tropicais e águas costeiras, sendo com frequência observada em boias e rochedos.
De patas e bico amarelo, plumagem castanho-escuro e abdómen bem delimitado branco, durante a sua estadia deixou bem vincada a sua permanência no castelo do navio.
O NRP D Carlos I encontra-se em missão na Zona Marítima dos Açores até 19 de agosto, contribuindo para o conhecimento e valor acrescentado ao conhecimento do fundo mar.
Sobre a missão e emprego do NRP D Carlos I
Foi construído como navio de vigilância anti-submarina e enquanto esteve ao serviço da marinha americana a sua missão consistiu na recolha e na transmissão de informação acústica, utilizando um sistema com sensores passivos rebocados.
Desativado em 1995, foi transferido para a Marinha em 9 de dezembro de 1996, passando ao estado de armamento com o atual nome em 28 de fevereiro de 1997. Após a chegada a Portugal foi adaptado às atuais funções de navio hidrográfico e oceanográfico no Arsenal do Alfeite, tendo posteriormente efetuado duas novas adaptações, entre 2001/04 e entre 2008/10.
O NRP D. Carlos I é um navio hidrográfico que tem como missão apoiar a execução das atividades de investigação e desenvolvimento tecnológico relacionadas com as ciências e as técnicas do mar, tendo em vista a sua aplicação prioritária em operações militares navais, designadamente nas áreas da hidrografia, da cartografia hidrográfica, da segurança da navegação, da oceanografia e da defesa do meio marinho.