No âmbito das medidas de tranquilização da NATO no leste da Europa, a Força de Fuzileiros nº1 (FFZ1) realizou esta semana, no Campo de Tiro de Pinheiro da Cruz, o exercício de certificação de tiro orientado para o cumprimento da missão na Lituânia, que irá decorrer entre março e junho deste ano.
A FFZ1, comandada pelo primeiro-tenente fuzileiro Silva Caseira, reforçada com as diversas valências de apoio de combate da FFZ3, nomeadamente, reconhecimento, anticarro, morteiros, comunicações e sistemas aéreos não tripulados, constituem o Módulo de Projeção da Força de Fuzileiros, com 104 militares.
Durante esta semana foram abordadas táticas e procedimentos relacionados com o tiro individual e coletivo com armamento diversificado, bem como, treino de condução todo-o-terreno, navegação terrestre motorizada e apeada, patrulhas de combate e técnicas, táticas e procedimentos relacionados com os atiradores designados.
Sobre:
Os Fuzileiros têm a sua origem na mais antiga Força Militar permanente em Portugal. Estão incumbidos em promoverem o aprontamento, o apoio logístico e administrativo das Forças, Unidades e meios operacionais que lhe estejam atribuídos. Constituem a Força-Tarefa de natureza anfíbia, caraterizada por grande flexibilidade, mobilidade, poder de combate e com capacidade para projetar poder em terra.
Como Corpo de Forças Especiais, são-lhe incumbidas missões específicas, que obrigam a uma prontidão operacional permanente, razão pela qual os Fuzileiros têm um treino técnico-militar bastante especializado e exigente, nomeadamente:
Participar em operações anfíbias, conjuntas e/ou combinadas, integrando Forças nacionais, multinacionais ou NATO, na defesa do Território Nacional ou dos interesses Portugueses no estrangeiro;
Efetuar operações de assistência humanitária, proteção e/ou evacuação de cidadãos nacionais residentes no estrangeiro, bem como de manutenção, imposição e consolidação da paz, de forma autónoma ou integrando outras forças;
Executar ou colaborar, com outros agentes do Estado, em operações de combate ao tráfico de droga, pirataria marítima, contra terrorismo e crime organizado;
Colaborar em tarefas decorrentes do apoio a autoridades civis, nomeadamente em situações de catástrofe, calamidade ou acidentes graves;
Colaborar em tarefas decorrentes de protocolos de cooperação bi ou multilateral, nomeadamente com os países lusófonos, no âmbito da cooperação técnico-militar;
Colaborar com Forças dos outros ramos das Forças Armadas e Forças de Segurança.
Como testemunho da sua ação ao longo da sua história, o Estandarte Nacional do Comando do Corpo de Fuzileiros ostenta numerosas condecorações resultantes de ações individuais e as mais altas distinções:
Ordem Militar da Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito;
Três Cruzes de Guerra, colectivas;
Medalha de Ouro de Serviços Distintos;
Ordem do Infante D. Henrique;
Ordem de Liberdade;
Medalha da Ordem de Tamandaré.
Hoje, os Fuzileiros Portugueses prestam, também, estreita cooperação de natureza Técnico-Militar aos Fuzileiros dos Países Africanos de Língua oficial Portuguesa (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique) e desde 1997 têm participado isoladamente e de forma conjunta ou combinada em operações de apoio à paz e de assistência humanitária, na Bósnia-Herzegovina, em Timor-Leste, na ex-República do Zaire, na Guiné-Bissau, em Moçambique, na República Democrática do Congo, no Afeganistão e na Lituânia.