O novo restaurante localizado no Príncipe Real, Malice – Treats & Sips, promete como Jorge Marques – o proprietário, o apresenta “Pizzas from heaven, cocktails from hell”. Este é um espaço informal, com portas abertas para a Rua do Século, onde para além de se pode encontrar pizzas e cocktails originais, também se pode ouvir musica e dar “um pezinho de dança”.
À conversa com o jovem fundador do Malice, ficámos a saber que “o nome surgiu das minhas duas avós que se chamavam Maria Alice e a quem quis prestar homenagem, mas também das recordações das férias sempre muito felizes que com elas passei, das brincadeiras e malandrices que lhes fazia.”
Depois de ter concluído o curso de gestão hoteleira, Jorge viajou pelo mundo e trabalhou em vários restaurantes, sempre no serviço de mesa. Passou pelo Dinner by Heston Blumenthal, em Londres, no Maaemo, em Oslo, e também em Miami onde acabou por ser responsável pelo food and beverage de um hotel. Em Portugal teve uma curta passagem pelo Sublime, mas o seu sonho era ter projetos próprios.
E assim foi. Em 2018, abriu o ‘Faz Frio’, um dos espaços mais antigos e conservadores do Príncipe Real. “Sempre tive a ideia de abrir um restaurante, algo português. Apareceu esse espaço que não se consegue precisar a data de abertura, mas que pelos registos camarários há indicações de que o restaurante é anterior a 1863, e não resisti. Foram alguns meses dificeis, pois as instalações estavam bastante degradadas.” conta Jorge Marques. Hoje o Faz Frio, é um restaurante de referência em Lisboa.
Depois, até por influência dos pais, surge o restaurante Malice, no balado Príncipe Real. “Era uma coisa que faltava um bocadinho no mercado. Pelo menos nas palavras dos meus pais, que não vão à Lux. Não vão para discotecas. Aqui pode-se vir beber um copo antes de jantar, vir jantar e beber um copo, dar um pezinho de dança.”
Desta vez, tudo foi mais rápido. “Em janeiro, surgiu a oportunidade de ficar com este espaço. Como estou aqui ao lado (o Faz Frio, fica na mesma rua), acabei por conseguir falar com a pessoa responsável e chegámos a um acordo. Depois, foi todo o processo de decoração de interiores e de fornecimento de cozinha”, conta.
A decoração é informal e minimalista. Numa lógica de interajuda entre amigo de áreas diferentes Jorge convidou André Saraiva, que fez uns graffitis na parede. Também Antónia Figueiredo, artista plástica pintou outra parede. “Agora, a ideia é a cada quatro meses arranjar uma pessoa para vir fazer outra arte. Queremos trazer um bocadinho essa vertente interativa e engraçada. No fundo, fazer um género de uma miniexposição e ajudar a divulgar a arte de outras pessoas.”
O Menu
No Malice o menu é variado e original “Apesar de o menu ser maioritariamente italiano, não nos identificamos como tal. Fazemos pizzas, lasanha, almôndegas, mas queremos inovar apresentando outros pratos. Não queremos estar presos a um rótulo. No outro dia experimentamos apresentar uma muxama de atum.” revela o nosso interlocutor.
Apesar de ter sido inaugurado apenas há um mês (a 16 de junho), o Malice já se tornou uma referência na capital. Até já tem uns quantos best sellers. “Fazemos uma pizza que não é de massa mãe, mas é de fermentação lenta. Passam, pelo menos, 72 horas antes de ser servida aos clientes, o que a transforma num produto final superior”, garante. “Por cima, optamos por combinações ‘fora do baralho’. Não fazemos as expectáveis de uma pizzaria, estamos sempre a inventar”, justifica, acrescentando “Os clientes provam e sugerem novos ingredientes, e nós vamos para a cozinha e experimentamos. É muito gratificante.”
As Best Sellers
– Pizza Pomodoro e Burrata – Tomate cherry, grana padano DOP, finalizada com coração de burrata folhas de manjericão.
– Pizza Fichi & Prosciutto – Mozzarella, prosciutto, creme de figos, rúcula, pecorino.
– Pizza Al Limone – Limão, creme de limão, ricota grana, padano DOP e mel.
Para além das Pizzas, o menu tem ainda entre outros pratos, almondegas, lasagna, e alcachofras com panceta.
Também os cocktails do Malice, são originais. Podendo optar-se por cocktails com ou sem álcool, todos são frescos e coloridos. Em suma muito apelativos.
O Malice, com capacidade para 50 lugares, DJ às sextas-feiras e sábados, encerra às duas da manhã. Apesar de recente já se tornou uma referência na capital. “É um bocadinho daquilo que faltava no Príncipe Real. Um sítio mais descontraído, onde se pode ir beber um copo ao final da tarde, depois do trabalho, ou do jantar.” concluiu Jorge Marques, a cabeça e o coração do Malice – Treats & Sips.