No final da segunda etapa o sprint de Leangel Linarez junto à centenária Praça de Touros Palha Blanco, em Vila Franca de Xira, além de representar a segunda vitória consecutiva do venezuelano significa a nova liderança da 84ª Volta a Portugal em Bicicleta Continente.
Lançado pelo companheiro de equipa, João Matias, no momento mais oportuno, Linarez surgiu de trás com a Camisola dos Pontos Galp e…olé! Em cima do risco de meta confirmou o excelente momento que está a atravessar e de laranja passou imediatamente a amarelo relegando para terceiro da classificação geral devido aos dez segundos de bonificação pelo triunfo o anterior líder, Rafael Reis (Glassadrive/Q8/Anicolor). O corredor da Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua passou após a segunda etapa a ter o espanhol Daniel Barbor (Caja Rural-Seguros RGA) com quem tem discutido os sprints como adversário mais direto a sete segundos de diferença.
Tejo à Partida, Tejo à Chegada
Em Abrantes, à semelhança da véspera, mal baixou a bandeira que dá início à etapa e já havia homens ao ataque. Três dos quatro fugitivos estavam a repetir a fuga do dia anterior, o líder da montanha, Diogo Narciso (Credibom/LA Aluminios/Marcos Car, Bart Buijk (Universe Cycling Team) e Wesley Mol (Bike AID) ao qual se juntou Jonas Hjorth (Global 6 Cycling). Foi este quarteto que animou os primeiros 100 quilómetros da etapa.
Velocidade Austríaca e Vento Ribatejano Partiu Pelotão
Na passagem por Azambuja surgiram os austríacos da equipa continental Vorarlberg a acelerar o ritmo da perseguição sendo responsáveis pelo fim da fuga. Pouco antes, o pelotão esteve partido em dois devido a um “abanico”, uma mudança brusca de ritmo provocada pelo vento nas costas do conjunto, o que fez soar as campainhas nas equipas posicionadas no grupo de trás. A situação foi resolvida e poucos quilómetros depois já o pelotão rodava unificado.
Quase em simultâneo saltava para a frente Fábio Costa (Glassdrive/Q8/Anicolor) mas nem 15 quilómetros se manteve isolado. O pelotão nunca facilitou apesar das diversas tentativas que ainda existiram até à chegada a Vila Franca de Xira. Neste particular deve ser ainda referida a fuga de outros três homens Lukas Meiler (Team Vorarlberg), Luís Ángel Maté (Euskaltel-Euskadi) e Sinuhé Fernandez (Burgos-BH) aos quais se juntaram os portugueses César Fonte (Rádio Popular-Paredes-Boavista) e Luís Mendonça (Glassdrive/Q8/Anicolor).
Os pontos obtidos nos Prémios de Montanha possibilitaram ao espanhol Luís Ángel Maté trepar para a Camisola às Bolinhas Azuis Europcar e a bonificação na Meta Volante de Arruda dos Vinhos deu ao germânico Lukas Meiler novo alento porque ficava a 4 segundos da Camisola Amarela. Por essa razão, não sendo a única, o pelotão não permitiu que este quinteto que dominou a fase final ganhasse mais de 50 segundos de vantagem. Meiler ainda se desenvencilhou dos companheiros de escapada para tentar chegar isolado à meta, mas foi sol de pouca consistência. Nos instantes finais vários conjuntos surgiram a encabeçar o pelotão reduzido a cerca de 50 elementos devido a quedas nos últimos 15 quilómetros e a chegada a Vila Franca de Xira aconteceu em bloco.
Tanto Calor e Tanta Luta pelas Camisolas
No final da segunda etapa, Leangel Linarez é líder com duas camisolas, além de chegar à Amarela Continente no fim do terceiro dia de Volta a Portugal e manteve também a liderança por pontos e envergou novamente a Laranja Galp. Outro símbolo de liderança a mudar de dono foi a Camisola às Bolinhas Azuis Europcar do Prémio da Montanha que passou a ser do espanhol Luís Ángel Maté (Euskaltel-Euskadi) enquanto a Camisola Branca Jogos Santa Casa continua a pertencer ao melhor jovem em prova, Daniel Dias (Credibom/LA Aluminios/Marcos Car).
A Caminho do Algarve sem Tempo para Férias
A terceira e mais longa etapa da 84ª Volta a Portugal em Bicicleta acontece este sábado. Depois de uma neutralização, após a etapa de Vila Franca de Xira, a corrida é retomada em Sines. Ao meio dia e meio, o pelotão começa a viagem rumo a Loulé na tirada de maior distância nesta edição e como “a descer todos os santos ajudam” o percurso tem apenas duas contagens de Montanha pouco significativas (4ª Cat.) na passagem por Salir e já em Loulé, a seis quilómetros e meio da meta.
Odemira, Ourique e Almodôvar são pontos a ter em conta devido às Metas Volantes e aos segundos de bonificação que vão dar. A chegada à louletana Avenida José Costa Mealha, onde a Volta a Portugal não chega há 20 anos, vai acontecer como habitualmente cerca das 17h30.
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