O ator e encenador Carlos Avilez morreu esta madrugada, aos 88 anos, vítima de paragem cardio-respiratória, no Hospital de Cascais.
Carlos Vitor Machado, mais conhecido por Carlos Avilez, nasceu em 1935. Com uma carreira longínqua no Teatro, iniciou-se como ator, em 1956, na Companhia Amélia Rey Colaço – Robles Monteiro. Durante as primeiras décadas no mundo do Teatro para além de ator, escreveu, dirigiu e encenou inúmeras peças.
Foi diretor do Teatro Nacional S. João, do Teatro Nacional D. Maria II e ainda Presidente do Instituto de Artes Cénicas.
Depois de ter feito parte do Teatro Experimental do Porto, decide fundar o Teatro Experimental de Cascais (TEC), que a 13 de novembro último completou 58 anos de existência.
Fundou também a Escola Profissional de Teatro de Cascais, onde descobriu, ao longo da carreira, inúmeros talentos para a representação.
Em França, trabalho com Peter Brook e na Polónia com Jerzi Grotowsky. Carlos Avilez encenou várias óperas entre as quais “Carmen”, “Contos de Hoffmann”, “As Variedades de Proteu”, “O Capote”, “Inês de Castro”, “O Barbeiro de Sevilha” e “Madame Butterfly”.
Carlos Avilez foi também agraciado com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, com as Medalhas de Honra e Mérito Municipal da Câmara Municipal de Cascais, de Mérito Cultural da Secretaria de Estado da Cultura e da Associação 25 de Abril e a Medalha de Mérito Cultural da Vila de Óbidos.
Carlos Avilez morreu. A cultura portuguesa está mais pobre.