Portugal celebra hoje o 50.º aniversário do 25 de Abril com um programa de comemoração da Revolução dos Cravos, que teve início com uma cerimónia militar no Terreiro do Paço, em Lisboa, e que contou com a presença do Presidente da República.
O Terreiro do Paço foi palco central das comemorações oficiais dos 50 anos do 25 de Abril, acolhendo a partir das 09H40 uma recriação histórica da “Operação fim de regime”, iniciada no dia anterior na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém.
Uma réplica da coluna comandada pelo capitão Salgueiro Maia, que há 50 anos saiu de Santarém rumo a Lisboa, chegou ao Terreiro do Paço, desfilando perante Marcelo Rebelo de Sousa e restantes entidades.
As antigas viaturas do Exército que transportavam alguns dos antigos capitães de abril, muito emocionados, permaneceram no Terreiro do Paço, até às 12:00, para que a população que acorreu a Terreiro do Paço, pudesse interagir com os militares de abril presentes.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa seguiu depois para a Assembleia da República, para assistir e encerrar a tradicional sessão solene comemorativa da Revolução dos Cravos.
A sessão foi marcada pelas intervenções do presidente da Assembleia da República e do Presidente da República, bem como dos representantes dos diferentes partidos com assento parlamentar.
Para assinalar no parlamento a passagem de meio século sobre o golpe de estado que pôs fim à ditadura de Oliveira Salazar e Marcello Caetano, o PS, Chega, Iniciativa Liberal, BE, PCP e Livre escolheram os seus líderes para discursar.
O PSD, partido presidido pelo atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, que assistiu, mas não discursou na sessão, tomou uma opção diferente e colocou na tribuna de oradores a jovem deputada Ana Gabriela Cabilhas, de 27 anos.
No caso do CDS-PP, força política liderada pelo ministro da Defesa, Nuno Melo, foi designado o presidente do grupo parlamentar, Paulo Núncio.
No final da sessão solene, o Presidente da República deslocou-se ao Salão Nobre do parlamento para uma visita à exposição, intitulada, “A Nós a Liberdade”, organizada com a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva e que foi oficialmente inaugurada na terça-feira.
Durante a tarde o parlamento teve as portas abertas ao público para um programa gratuito que incluiu exposições, teatro e música.
Tambem o Presidente da República abriu o Palácio de Belém ao público e estará, a partir das 18:00, numa cerimónia com os seus homólogos dos países de língua e expressão portuguesa no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, que para além da revolução em si celebrará a independência daqueles países.